Marina Silva registra Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial
A senadora citou pesquisas que, segundo afirmou, revelam o quanto são alarmantes os dados sobre a discriminação do negro no Brasil. Ela destacou pesquisa realizada pelo Instituto Superior de Estudos da Religião, no ano passado, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo. Os dados, levantados em arquivos de delegacias de polícia, mostram que a polícia do Rio de Janeiro mata 72,2% mais negros e pardos do que brancos.
- Os negros, em sua maioria, sequer são abordados em situação de conflito para se investigar se são responsáveis por aquela ação criminosa; imediatamente se presume que o negro foi o culpado e que deve ser punido imediatamente - afirmou a senadora.
Ainda segundo a pesquisa, informou a senadora, de 513 pessoas mortas vítimas da violência no Rio de Janeiro, entre 1993 a 1996, 82,2% eram negras. Marina lembrou, ainda, que embora o índice de analfabetismo no Brasil seja de 13,8%, entre os negros este índice chega a 21,6%, caindo para 20,7% entre os pardos e para 8,4% entre os brancos.
Marina acentuou que a luta contra a discriminação deve continuar, ressaltando que, no Brasil, esta não é explícita, mas disfarçada. Ela cumprimentou todos os homens e mulheres negros que lutam e lutaram pelo fim da discriminação racial no país, lembrando Zumbi dos Palmares e outros que se sacrificaram para que os negros fossem tratados com o respeito que merecem.
21/03/2001
Agência Senado
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