Mário Couto ameaça denunciar deputados contrários a projetos em favor de aposentados
Ao rebater em Plenário, nesta quinta-feira (17), críticas feitas ao Senado pelos ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, e da Previdência e Assistência Social, Luiz Marinho, o senador Mário Couto (PSDB-PA) prometeu divulgar, por todos os meios e pelos quatro cantos do país, os nomes dos deputados federais que votarem contra os projetos de lei (PLC 42/07 e PLS 296/03) que beneficiam aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e que foram aprovados, na semana passada, pelo Senado.
- Eu quero ver qual o deputado federal que vai ter a coragem de votar contra os aposentados e as pensionistas deste país. Eu quero ver. Eu direi à Nação brasileira, aqui, nome por nome. Divulgarei. Vou ter trabalho, mas vou divulgar em todo o pais, nome por nome, aqueles que têm de se ajoelhar no pé do rei e, por isso, vão votar contra os aposentados- ameaçou.
Ao referir-se a argumento levantado pelo ministro Luiz Marinho, que apontou déficit de R$ 46 bilhões nas contas da Previdência Social, Mário Couto considerou mais relevante na contabilidade do INSS supostos créditos a receber de empresas como Itaú, Banco do Brasil e Nossa Caixa, que chegariam a mais de R$ 200 bilhões.
- Se tem R$ 46 bilhões de déficit, tem R$ 200 bilhões de crédito. Devem banco, empresas rodoviárias, até time de futebol. Neste país, todo mundo deve à Previdência - protestou.
Em aparte, o senador Jefferson Péres (PDT-AM) sugeriu a Mário Couto divulgar também a lista dos deputados que não se manifestaram contra o aumento da verba de gabinete anunciado, nesta quarta-feira, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia.
Em resposta aos comentários de Mário Couto, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse esperar pela criação de mecanismos capazes de substituir o fator previdenciário e permitir a concessão de reajuste aos benefícios da Previdência.
-Estamos em busca de um entendimento, e acho esse entendimento possível - adiantou Romero Jucá.
17/04/2008
Agência Senado
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