Marluce pede mais apoio a pequenas e microempresas
A senadora Marluce Pinto (PMDB-RR) fez um apelo em Plenário, nesta quinta-feira (5), para que seja dado maior apoio às pequenas e microempresas brasileiras. Ela sugere que o Congresso aprove leis que garantam melhores condições de financiamento e a diminuição da burocracia para, principalmente, impulsionar as exportações desse segmento da economia.
Marluce destacou que as micro e pequenas empresas constituem 98% do total de empresas existentes no país, responsáveis por 48% da produção nacional e pelo emprego de 44 milhões de pessoas, ou 70% do total de empregos do país. Porém, conforme informou, o volume de exportações de pequenas e microempresas não chega a 5% do total, apesar de 80% delas fazerem negócios no Mercosul.
- Temos que canalizar esforços no sentido de fazer com que as casas de crédito oficiais concedam capital de giro e taxas de juros suportáveis, que os fornecedores dêem os mesmos prazos aos dados às grandes empresas e que a burocracia pare de infernizar a sua vida. Vamos investir mais em educação e incentivar a tecnologia - declarou Marluce.
Na avaliação da senadora, as pequenas e microempresas podem ser a solução para o desemprego no Brasil, tema que vem sendo debatido neste período eleitoral. Ela ponderou que a cada ano 500 mil novas empresas são criadas no Brasil e, se todas mantivessem suas portas abertas, empregando dois trabalhadores cada, haveria 1 milhão de novos empregos por ano, número capaz de absorver toda a população desempregada e os novos trabalhadores que chegam ao mercado de trabalho. Porém, lamentou Marluce, nem um terço das empresas abertas anualmente sobrevive até o final do primeiro ano de existência.
- Existe ainda um agravante: muitos desses pequenos empresários surgiram depois que aceitaram participar de algum programa de demissão voluntária, isto é, perderam seus empregos, confiaram mil promessas e lhes sobram dívidas, desespero e o drama que se abate sobre toda sua família - observou.
Marluce ressaltou ainda o papel do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa) na formação dos empresários pela oferta de cursos, bancos de dados e publicações que lhes dão assistência e orientação para a instalação de seus negócios. Esse papel, disse, é importante, tendo em vista que, segundo dados do Sebrae de Minas Gerais, quanto maior a escolaridade do empresário, maior a chance de seu negócio ser bem sucedido.
- Quando vamos aprender que nenhum país do mundo se tornou civilizado e próspero, democrático e socialmente justo, sem uma legislação que realmente proteja suas micro e pequenas empresas? - questionou Marluce.
05/09/2002
Agência Senado
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