MARLUCE PINTO DEFENDE EDUCAÇÃO PARA MICRO EMPRESÁRIOS



A senadora Marluce Pinto (PMDB-RR) defendeu nesta sexta-feira (dia 21), além da implementação de políticas públicas desburocratizadas que viabilizem créditos para as micro e pequenas empresas, o investimento na educação desses empresários. Segundo a senadora, pesquisa elaborada pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), em Minas Gerais, concluiu que quanto melhor o grau de instrução dos proprietários, maiores são as chances de sobrevivência das empresas.- Em Minas Gerais, das empresas criadas nos anos de 97 e 98, 37% fecharam as portas com menos de um ano de funcionamento e 47% fecharam com menos de dois anos. Das sobreviventes, 62% pertencem a pessoas com curso superior, ou cursando, e apenas 4,4% aos que possuem o curso primário. Segundo essa mesma pesquisa, 52,4% das empresas, cujos donos tinham 2º grau incompleto, também fecharam suas portas antes de dois anos de existência - informou Marluce Pinto.A senadora acrescentou que de 1985 a 1996 foram criadas seis milhões de micro e pequenas empresas no Brasil e salientou que se todas tivessem sobrevivido, não haveria desemprego hoje. Para Marluce, as empresas fracassam não apenas pela baixa escolaridade do proprietário, mas também pela falta de capital de giro, pelas altas taxas de juros, pela falta de apoio profissional, pela desorientação e pelo desestímulo à exportação provocados por uma "burocracia perversa".Marluce lembrou que em países mais desenvolvidos as pequenas e micro empresas são responsáveis pela maior parte das exportações, como os Estados Unidos com 55% das exportações; Japão com 70%; Dinamarca com 46%; e a China com 60%. No Brasil, continuou a senadora, mesmo com 80% das pequenas e micro empresas fazendo negócios no Mercosul, o volume de suas exportações não superam 5%. Marluce também informou que, de acordo com estudo do Ministério da Indústria, Comércio e Turismo, apenas 167 empresas, todas de grande porte, são responsáveis por mais de 60% das exportações brasileiras.Para a senadora, não é suficiente a Constituição assegurar um tratamento diferenciado às pequenas e micro empresas. "Precisamos de leis complementares para assegurar esses direitos que, na realidade, inexistem ou não são cumpridos. Vamos canalizar esforços no sentido de fazermos com que as casas de crédito oficiais lhes concedam capital de giro a taxas de juros suportáveis; que os fornecedores lhes dêem os mesmo prazos que dão às grandes empresas e que a burocracia para de lhes infernizar a vida", sugeriu Marluce.

21/05/1999

Agência Senado


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