MARRA PAGOU R$ 50 MIL A PESSOA QUE AVALIOU IMÓVEL PARA O TRT



Entre os cheques emitidos pelo comerciante Antônio Almério Marra, que vendeu um imóvel ao TRT da Paraíba por R$ 710 mil, a CPI do Judiciário encontrou um, no valor de R$ 50 mil, pago a Antônio Moacir Dantas Cavalcante Júnior, que avaliou o imóvel para o tribunal. Há suspeita de que a venda tenha sido superfaturada. Em resposta ao senador Carlos Wilson (PSDB-PE), o depoente disse que o valor foi pago a título de corretagem.Porém, Carlos Wilson lembrou que, em depoimento à Polícia Federal em João Pessoa, o avaliador negou ter recebido cheque de Marra. O senador disse então que o cheque havia sido endossado por Dantas Cavalcante. "É bom o senhor tomar cuidado porque a letra de quem endossou é muito parecida com a de quem emitiu o cheque. Não perca essa chance de explicar a negociação desse imóvel", alertou Carlos Wilson.Ao senador Djalma Bessa (PFL-BA), Marra disse que não ficou sabendo do interesse do TRT em comprar o imóvel por edital ou licitação e que os contatos foram feitos por meio de corretores que sabiam das intenções de compra e venda das partes envolvidas. O depoente revelou também que, antes da venda, o prédio foi alugado, por R$ 5,5 mensais, pelo tribunal pelo prazo de 90 dias. "Eu sabia que o prédio atendia às características que eles procuravam. Eu tinha a venda como certa", disse Marra. O senador Geraldo Althoff (PFL-SC) considerou estranha a realização do aluguel pouco antes da venda.O relator da CPI, senador Paulo Souto (PFL-BA), declarou que a realização do negócio foi feita em um prazo curto, sem atrasos no pagamento a Marra. "Nesse processo, foi tudo muito rápido", disse.

17/06/1999

Agência Senado


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