Mauro Miranda pede prioridade do governo no combate a Aids
O senador Mauro Miranda (PMDB-GO) considerou -estarrecedores- os dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o Combate à Aids, segundo os quais das 42 milhões de pessoas infectadas pelo vírus HIV no mundo, a metade - 21 milhões - são mulheres na faixa etária de 23 a 34 anos. No Brasil, com estimativa de 600 mil pessoas portadoras do vírus, o índice de proporção de contaminação entre homens e mulheres também está no patamar de um por um, observou.
- São números estarrecedores, difíceis de engolir se levarmos em consideração o crescimento do poder de informação das pessoas em um mundo globalizado. Mas a ignorância e a falta de respeito ao ser humano estão fazendo dessa luta uma luta desigual. Somente isso explica o fato de a Aids ter deixado de ser uma enfermidade meramente de homossexuais, como era conhecida na década de 80, para passar a atingir, em sua maioria, as mulheres casadas, pobres, monogâmicas e com apenas o primeiro grau completo - afirmou.
O trabalho contra a Aids, argumentou o senador, precisa ser estratégico e ininterrupto, devendo se estabelecer como prioridade número um de qualquer governo, até mesmo em pé de igualdade com o programa contra a fome. Para ele, as campanhas educativas e as ações das autoridades devem ser cada vez mais contundentes para combater a doença e deve haver ainda mecanismos que diminuam o sofrimento de quem já está contaminado.
Por isso, o senador pediu atenção especial para projeto de sua autoria, tramitando na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que assegura a distribuição de leite em pó para os filhos de mães portadoras do vírus HIV. Mauro Miranda lembrou, na defesa de sua proposição, que por recomendação médica as mães doentes de Aids jamais poderiam amamentar os bebês, sob o risco de também infectá-los.
- Infelizmente, a falta de informação e de recurso muitas vezes não deixam outra saída para as mães contaminadas - disse.
Mauro Miranda citou uma pesquisa comprovando que Goiânia é a capital brasileira onde os jovens menos fazem uso do preservativo em suas relações sexuais. Segundo ele, 74,3% dos jovens que residem em Goiânia ignoram a forma segura de se relacionar com os parceiros ou parceiras.
03/12/2002
Agência Senado
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