MÉDICO ORTOMOLECULAR QUER TIRAR BRASILEIRO DA CONDIÇÃO DE "SUB-RAÇA"



O especialista em medicina ortomolecular, Eduardo Gomes, está oferecendo duas sugestões às autoridades para tirar a população brasileira da condição de "sub-raça": o estímulo ao consumo de vitaminas e compostos hormonais e a correção do solo, para que os alimentos contenham a quantidade adequada de sais minerais. Em entrevista à TV Senado para o jornalista Fernando César Mesquita, diretor da Secretaria de Comunicação Social, que vai ao ar no sábado e no domingo, Gomes expressou a convicção de que os brasileiros ainda não atingiram o grau de força física e inteligência necessário ao desenvolvimento do país. Esse baixo rendimento se explicaria pela carência de nutrientes, segundo o médico.
- O surgimento de gênios como Pelé, que era um crioulinho magrinho, é um milagre - afirmou Gomes, que é geriatra de formação. Depois de se mostrar desanimado com o presidente Fernando Henrique Cardoso, por não valorizar a idéia de um amplo programa de correção do solo, Eduardo Gomes fez apelo direto aos senadores.
Ele disse acreditar que o Senado tem poder para mudar essa situação, seguindo os passos das políticas de recomposição mineral adotadas em 1934 pelo governo norte-americano. A partir daquele momento, é que os Estados Unidos teriam reunido as condições para se tornar a potência de hoje, abrigando uma "super-raça", da qual os atletas do basquete profissional seriam um exemplo, acrescentou.
Eduardo Gomes disse aos telespectadores da TV Senado que a correção do solo é uma solução relativamente simples, e até deu o nome de quem tem a receita: o empresário do setor agroindustrial Olacir de Moraes. Quanto ao consumo de vitaminas e compostos hormonais, a saída seria o governo facilitar a entrada de produtos estrangeiros no país, já que em muitos casos os produtos nacionais não atenderiam aos requisitos de qualidade. Ele lamentou que os órgãos de saúde estejam fazendo restrições à importação de vitaminas e compostos minerais, observando que nos Estados Unidos esses produtos são colocados nas prateleiras dos supermercados.
Gomes foi questionado por Mesquita acerca da desconfiança da medicina tradicional em relação ao tratamento ortomolecular, que se apóia na pesquisa da presença de metais pesados no organismo. Respondeu que se trata de "ignorância" e compromisso com a indústria farmacêutica, que chamou de "indústria da doença". A base científica do tratamento teria origem nas descobertas do Prêmio Nobel Linus Pauling e nas pesquisas do American College for the Advancement of Medicine (Acam), instituição com a qual os médicos ortomoleculares brasileiros trocam informações.
Na entrevista, Gomes fala ainda sobre as novidades na terapia de vários distúrbios e nos exames para a detecção de metais pesados. E diz a que conclusões tem chegado sobre a ingestão noturna de carboidratos, além da influência do sono na produção do hormônio do crescimento. A entrevista será reprisada nesta segunda-feira, a partir das 11h ou 11h30, dependendo da transmissão das atividades do Senado.

15/09/2000

Agência Senado


Artigos Relacionados


TV SENADO TRANSMITE ENTREVISTA COM MÉDICO ORTOMOLECULAR

Desafio do governo é tirar mulheres da condição de pobreza e miséria, diz ministra

Segundo Mantega, em 2012, condição do brasileiro só vai melhorar

Arthur Virgílio: 'Oposição não quer desestabilizar Petrobras; quer tirar os ladrões de lá'

Mão Santa: "Tirar o PMDB das eleições é o mesmo que tirar o Brasil da Copa"

Governo quer melhorar a condição de vida das comunidades quilombolas