Melo esclarece sobre fatos contra cunhado do governador do RN



O senador Geraldo Melo (PSDB-RN) desvinculou o nome do governador do Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), das denúncias de que existiria um esquema de tráfico de influência coordenado pelo empresário Marcos Santos, cunhado do governador. Ele informou que até o momento não existem indícios que comprovem as acusações e registrou que elas foram feitas pelo comerciante Luiz Henrique Gusson, preso sob a acusação de homicídio e de ter participado de uma operação para resgate de presidiários de uma penitenciária do estado.

Depois de ser preso no Paraná e transferido para o Rio Grande do Norte, Luiz Henrique Gusson, em depoimento à Polícia Militar, informou Geraldo Melo, ao invés de falar sobre os fatos de que era acusado, denunciou o suposto esquema de tráfico de influência. "Foi um depoimento que, naturalmente, chocou a opinião pública e teve, inclusive, o condão de desviar a atenção de todos do problema pelo qual esse indivíduo havia sido recolhido à cadeia", acrescentou o senador.

Na avaliação de Geraldo Melo, o único fato concreto citado por Luiz Henrique Gusson não atinge Garibaldi Filho nem o seu governo. "Ele atingiria, se fosse verdadeiro, o nosso colega senador Fernando Bezerra (PTB-RN), pois se refere a uma conversa que teria ocorrido entre o cunhado do governador e o ministro Fernando Bezerra, então titular do Ministério da Integração Nacional", disse, acrescentando que entre a palavra do presidiário e a do senador e ex-ministro, prefere acreditar em Fernando Bezerra.

Geraldo Melo também contestou que o Ministério Público do Rio Grande do Norte tenha recolhido indícios da existência do esquema denunciado por Luiz Henrique Gusson, como disse o senador José Agripino (PFL-RN) em pronunciamento nesta segunda-feira (dia 20). Ele apresentou correspondência encaminhada pelo 13º promotor de justiça de Natal, Edevaldo Alves Barbosa, ao governador, na qual o membro do Ministério Público explica que não existe qualquer prova ou indício de que o governador ou seus secretários tenham praticado algum ato de improbidade.

O senador pelo PSDB do Rio Grande do Norte também refutou a acusação feita por José Agripino de que Garibaldi Filho teria pressionado os deputados estaduais para que não fosse instalada uma comissão parlamentar de inquérito para apurar o caso. Ele justificou que a CPI não foi instalada porque o Ministério Público já estava comandando as investigações e também porque o requerimento de CPI não satisfazia as exigências da Constituição.

Em 1996, lembrou Geraldo Melo, em caso semelhante, ele e Agripino votaram contra a instalação de uma CPI no Senado para investigar os bancos, porque o requerimento não atendia aos preceitos constitucionais. "Eu quis prestar esses esclarecimentos à Casa porque acho que, diante do que foi dito ontem aqui, talvez o Senado pudesse chegar a conclusões que implicassem numa injustiça tanto em relação ao governador como à Assembléia Legislativa", encerrou.

21/08/2001

Agência Senado


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