Memórias do golpe: Simon e Figueiró apresentam visões diferentes de 64




Simon, no vídeo: "Achávamos que os militares iam ficar cinco anos, mas eles gostaram"

VEJA MAIS

Duas visões diferentes do movimento político-militar que depôs o então presidente da República João Goulart são apresentadas pelos senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Ruben Figueiró (PSDB-MS), em depoimentos que fazem parte da série Memórias do Golpe, que a Agência Senado publica esta semana.

A própria nomenclatura é um ponto de divergência. Ao contrário de Simon, Figueiró diz que no primeiro momento não houve exatamente um golpe.

- Foi um movimento civil baseado na Constituição de 46, que estabelecia determinadas regras para o impeachment do presidente, que foi cumprido – afirma o senador tucano.

Para ele, a expectativa era de que os militares devolveriam o poder aos civis, o que não ocorreu.

- Esse segundo momento é um período negro da história brasileira - reconhece.

Deputado estadual em 1964, Pedro Simon estava com Jango em Porto Alegre enquanto o presidente decidia se resistiria ou não ao golpe de Estado em andamento. Simon lembra que o golpe foi uma surpresa “inclusive para os golpistas”. A tese do senador é a de que a deposição ilegal do presidente foi feita primeiramente pelo Congresso Nacional. Foi a partir desse momento que os militares assumiram o poder.

- Achávamos que eles [os militares] iam ficar cinco anos, mas eles gostaram – afirma.



26/03/2014

Agência Senado


Artigos Relacionados


Embaixadores apresentam visões diferentes para participação do Brasil nas negociações da Alca

Memórias de 1964: senadores relembram momentos que antecederam o Golpe Militar

Pedro Simon diz que sua proposta não é "golpe"

SIMON: LIMINAR DO STF É GOLPE DE MORTE NA CPI DOS BANCOS

Simon condena cobertura jornalística do golpe na Venezuela

Nos 40 anos do golpe militar, Simon diz que "hoje tem cheiro de democracia no ar"