Nos 40 anos do golpe militar, Simon diz que "hoje tem cheiro de democracia no ar"
Em registro dos 40 anos do golpe militar a serem completados na madrugada desta quinta-feira (1º), o senador Pedro Simon contrapôs a situação atual do país para comentar que hoje há tranqüilidade.
- Hoje tem democracia no ar. Tem cheiro de um povo que demonstra que jamais quer voltar a viver aquela fase. Meus amigos jovens não pensem que a ditadura apareceu e de repente terminou. Muitos morreram, sofreram, foram cassados, assassinados - afirmou.
Hoje, continuou o senador, os militares estão nos quartéis, conscientes de suas responsabilidades e desempenhando seu papel constitucional, ao contrário do que acontecia em 1964, quando a estrutura das Forças Armadas propiciava a formação de militares golpistas, conforme Simon.
Atualmente, além de não existirem grupos golpistas, acrescentou, a imprensa, a igreja e os políticos não atuam contra a democracia. Os partidos de oposição, segundo Simon, também estão agindo com civismo.
Com o registro e o comentário, Simon disse rebater insinuações de risco de golpe contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Em vez de dizer que existe cheiro de Jango no ar, prefiro afirmar que hoje existe cheiro de democracia no ar.
Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) contou que em 31 de março de 1964, como presidente do Centro Acadêmico de Administração da Fundação Getúlio Vargas, convocou uma assembléia geral para debater o movimento que culminou com a queda do presidente João Goulart.
Ao final do pronunciamento de Simon, o senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) anunciou a presença no Plenário da viúva e do filho do ex-presidente João Goulart, Maria Thereza Goulart e João Vicente Goulart.
31/03/2004
Agência Senado
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