Mercadante pede fim do discurso catastrofista



O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) pediu nesta quarta-feira (3) o fim do -discurso catastrofista- por parte da oposição. Ele assinalou que os resultados econômicos do governo diminuíram essa retórica oposicionista neste campo, mas o discurso reapareceu em relação às indicações do governo para cargos de confiança.

- O discurso catastrofista não ajuda ao debate qualificado. É papel da oposição identificar o erro e estaremos sempre abertos a identificar problemas e buscar soluções - afirmou o líder do governo no Senado.

O parlamentar disse que diminuiu a -retórica catastrofista- dos parlamentares oposicionistas devido às conquistas do atual governo referentes à queda dos juros, à diminuição de US$ 7 bilhões na dívida atrelada à moeda estrangeira, à queda global da dívida pública, ao superávit comercial recorde e ao recorde na balança comercial. Isso permitiu, segundo ele, o aumento do apoio da população ao governo, atestado em manchete na edição do jornal Folha de S. Paulo no último domingo. Os 45% de apoio anunciados no jornal conferem ao atual governo -o maior apoio popular de toda a história-, afirmou.

O representante paulista citou realizações do governo na área da saúde para rebater as acusações de que o governo tem priorizado as indicações políticas para cargos de confiança, em detrimento de nomes de competência técnica comprovada. Segundo ele, o governo continuará a combinar quadros técnicos com quadros políticos, sem abrir mão de -desmontar alguns castelos- em algumas estruturas do poder público.

Entre outras realizações, Mercadante citou a implantação de 371 novas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI); aumento de 5% nos procedimentos de hemodiálise; o aporte de R$ 100 milhões para modernização e gestão, especialmente para os hospitais universitários; e a alteração no processo licitatório do Hemocentro, que possibilitou uma economia ao erário de US$ 20 milhões, conforme o senador.

Mercadante lamentou que o ex-ministro da Saúde, Jamil Haddad, não tenha tido uma missão exitosa na presidência do Instituto Nacional do Câncer (Inca), mas destacou sua seriedade ao renunciar ao cargo. Ressaltou que a atuação do governo na área da saúde tem tido o apoio de diversas entidades, entre elas o Conselho Nacional de Saúde, o Conselho dos Secretários Estaduais de Saúde e a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.

Em aparte, o líder do PSDB, senador Arthur Virgilio Neto (AM), afirmou que Mercadante demonstrava lealdade ao governo, ao -defender o indefensável-.



03/09/2003

Agência Senado


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