Mercadante se queixa da indústria do "denuncismo" que grassa na oposição



O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP) fez um apelo para que se suste a "indústria do denuncismo", porque gera prejuízos políticos e econômicos à Nação. Ele ressaltou que denúncias precisam ser fundamentadas para não se transformem em calúnia ou difamação.

Como exemplo desse tipo de atitude, Mercadante citou a suposta denúncia que o senador Almeida Lima (PDT-SE) apresentou, em Plenário, na tarde de terça-feira (2). Segundo ele, foi um erro anunciar "provas irrefutáveis contra o ministro José Dirceu", para depois apresentar um mero relatório parcial da Polícia Federal que já era do conhecimento público.

Mercadante negou que tenha manifestado alívio diante da falta de sustentação das acusações apresentadas, conforme declarou o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).

- Falei com indignação, diante da tentativa de denegrir um político exemplar como é o ministro José Dirceu - afirmou.

Mercadante garantiu que a Polícia Federal e o Ministério Público estão investigando, com rigor, as atividades de Waldomiro Diniz, dentro e fora do governo, criando as condições para uma punição exemplar. Ele fez questão de dizer que Waldomiro ainda não tinha sido indiciado em qualquer processo, quando foi chamado para a Casa Civil.

O líder reconheceu serem tarefas da oposição fiscalizar e exigir apuração de fatos suspeitos, mas lembrou o acordo celebrado com o governo para votação de matérias relevantes para o país, como as medidas provisórias do setor elétrico, a nova lei de falências e a reforma do Judiciário, "que são urgentes e não podem ficar esperando mais".

Assassinato

Mercadante manifestou seu pesar diante do assassinato do primo do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), acrescentando que o governo está tomando todas as providências cabíveis para apurar o crime e dar proteção policial à família.

O senador elogiou a atitude equilibrada de Antero que pediu a apuração rigorosa do crime, sem acusar ninguém nem tecer ilações fantasiosas sobre as razões para o assassinato de um homem pacato e de poucas posses como seu primo.



03/03/2004

Agência Senado


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