Mesquita Júnior aponta tentativa de manipulação da opinião pública pelo governo e pelos institutos de pesquisa




O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) criticou em Plenário, nesta quarta-feira (6), o que considera uma tentativa de manipulação da opinião pública pelos institutos de pesquisa e pelo governo federal durante a campanha eleitoral.

Pela análise do parlamentar, as recentes pesquisas de intenção de voto divulgadas pelas empresas do setor foram mal elaboradas e tiveram - "felizmente sem sucesso" - o objetivo de influenciar a população brasileira em favor de candidatos governistas.

- Como já vem acontecendo nos últimos processos eleitorais, a população de meu estado mostrou, e isso é um exemplo para o país, que também exercitou a prática de dar valor aos seus ouvidos, ou seja, não deu ouvidos, não se deixou influenciar por pesquisas tendenciosas, por pesquisas compradas e encomendadas tanto no Acre como no país inteiro - disse.

No mesmo sentido, Mesquita Júnior avaliou que a propaganda eleitoral produzida pelo governo federal para o último pleito tentou passar ao povo um retrato de um país não condizente com a situação real, em que, segundo ele, existem problemas gravíssimos, por exemplo, nos setores de saúde e educação.

Mesquita Júnior acusou ainda, no mesmo pronunciamento, o presidente Luis Inácio Lula da Silva de fazer propaganda política extemporânea, devido ao fato de ter realizado, na última segunda-feira (4), uma reunião política no Palácio da Alvorada, antes de o Tribunal Superior Eleitoral ter autorizado o inicio da campanha para o segundo turno das eleições deste ano.

- Com isso, ele [Lula] dá um péssimo exemplo ao país inteiro de desrespeito ao Judiciário eleitoral, ao Judiciário de nosso país, debocha da inteligência do povo brasileiro. Mas o povo brasileiro caminha mesmo assim, continua produzindo mesmo assim - comentou.

No final de seu discurso, Mesquita Júnior se referiu aos escândalos envolvendo membros do governo federal. Ele afirmou que a corrupção na administração pública como um preço com o qual o país não precisa arcar para continuar se desenvolvendo.

- Nós podemos continuar avançando sem ter que pagar o pedágio da corrupção do "mensalão", da pouca vergonha que impera no Gabinete Civil da Presidência da República - afirmou.



06/10/2010

Agência Senado


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