Mesquita Júnior defende fortalecimento e ampliação do Inpa
O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) defendeu, na sexta-feira (8), em discurso no Plenário, a ampliação e o fortalecimento do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) para que o órgão seja o principal instrumento de promoção do desenvolvimento na região.
Criado em 1952 pelo então presidente Getúlio Vargas e implantado em 1954, o Inpa é um órgão da administração direta do Ministério da Ciência e Tecnologia e tem por finalidade realizar estudos científicos do meio físico e das condições de vida da Amazônia, tendo em vista o bem-estar humano, a economia e a segurança nacional.
Atualmente, segundo o senador, o Inpa funciona somente em alguns estados da região e é "um órgão atrofiado", que precisa receber maior atenção por parte do governo e se fazer presente em toda a Amazônia.
- O Inpa precisa ser reequipado, ter mais recursos, ser suprido de mão-de-obra, ficar robustecido para fazer pela floresta e pela pesquisa na Amazônia aquilo que a Embrapa faz pela pecuária e pela pesquisa no país - afirmou Mesquita Júnior.
Para o senador, se o governo tiver a pretensão de discutir seriamente um projeto de desenvolvimento para a Amazônia, terá que colocar o Inpa nessa discussão, pois o instituto tem papel importante para a região. Ele observou que o Inpa não existe, por exemplo, no estado de Roraima.
Em aparte, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) elogiou o discurso de Mesquita Júnior e concordou com sua proposta. Lembrou que tanto ele como Mesquita Júnior, entre outros senadores, votaram contra o projeto do Executivo que trata da gestão das florestas, "principalmente devido à forma apressada pela qual foi votado".
Esse projeto, segundo Mozarildo, "é uma armadilha para o Brasil e o tempo dirá essa verdade".
- Esperamos que esse projeto possa ser derrubado antes que possa causar estragos para o país - disse Mozarildo.
O senador por Roraima observou que o governo, no decorrer desses quatro anos, ainda não encontrou um projeto adequado para a Amazônia, tendo adotado apenas planos em forma de remendos para agradar setores internacionais. Mozarildo disse que é preciso adotar para a região um plano eficiente de longo prazo e discuti-lo com vários setores - empresários, índios, lideranças políticas da Amazônia, etc.
Mesquita Júnior concordou com Mozarildo, afirmando que somente um plano de desenvolvimento de longo prazo trará sustentabilidade para a região, incluindo as questões relativas ao meio ambiente.
Com o auxílio do Inpa, esse projeto de desenvolvimento, segundo Mesquita Júnior, deve ser "inteligente e grandioso, para que a Amazônia saia da fome e do atraso".08/12/2006
Agência Senado
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