Mesquita rejeita insinuações de vinculação de parlamentares com jogatina
A exemplo do senador Jefferson Péres (PDT-AM), o senador Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC) rechaçou insinuações de que os senadores contrários à medida provisória (MP 168/04) que proibia o funcionamento de casas de bingo e jogos eletrônicos no país estariam vinculados à prática da jogatina. Quem lançou essa suspeita sobre os parlamentares, na sua opinião, esqueceu-se de que "esse é o país da jogatina e de que a União é um dos grandes banqueiros do jogo".
Segundo afirmou, não há diferença entre a apuração de um bingo e a da mega-sena, operada pela Caixa Econômica Federal (CEF).
- A gente precisa colocar as coisas no seu devido lugar. As loterias da Caixa funcionam bem porque são bem fiscalizadas - observou. Para Mesquita Júnior, a principal questão suscitada pela MP dos bingos é a seguinte: se não fosse o caso Waldomiro, o governo teria fechado os bingos?
Se o governo provar que a motivação não foi essa, o senador socialista disse que pediria desculpas públicas pelo voto que proferiu. "Votei pela coerência", emendou, instando o governo Luiz Inácio Lula da Silva a "persistir" na linha de regulamentação e fiscalização da atividade, compromisso já assumido em mensagem remetida ao Congresso.
Ao regulamentar a exploração de bingos e máquinas caça-níqueis, o governo contribuiria para evitar que práticas ilícitas contaminassem a atividade, disse o parlamentar. E observou que, como o Senado não se pronunciou sobre o mérito ao rejeitar a MP dos bingos, o governo teria condições de enviar um projeto de lei para regular o funcionamento das casas nos moldes das loterias operadas pela CEF.
06/05/2004
Agência Senado
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