Ministra incentiva atuação de mulheres em partidos políticos



Representantes de 17 dos 21 partidos que integram o Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos estiveram reunidas, na quinta-feira passada (30), em Brasília. “Se não mexer na estrutura dos partidos, mulheres no poder torna-se uma pauta genérica. Como teremos mais mulheres na política? É preciso intervir em favor da igualdade, do respeito, do preenchimento das cotas, do repasse de recursos e do tempo em TV. Acreditar em uma sociedade democrática é para que seja radicalmente democrática na divisão interna do poder nos partidos”, afirmou a ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).

Como um dos eixos do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres 2013-2015 dedicado à participação e representação política das brasileiras – Fortalecimento e participação das mulheres nos espaços de mulher e decisão, com destaque à campanha permanente ‘Mais Mulher no Poder: Eu assumo esse compromisso’ – a ministra frisou a importância do Fórum. “Não se faz política sem as mulheres e sem a perspectiva de gênero. Tenho certeza de que a mudança nos partidos vem de vocês, que estão nos partidos. Por isso eu digo, é uma ousadia quando as mulheres se candidatam”, disse.

A ministra Eleonora reiterou o apoio da SPM à temática. “A SPM impulsiona e colabora para que a indução de mais mulheres seja realidade nos partidos. Mas para isso, é preciso que as mulheres estejam lá e se candidatem. É preciso que monitorem, participem e influenciem as decisões dos partidos. Os partidos estão dando mais espaço na TV para a presença de mulheres, mas isso precisa ser prática e não somente imagem”, apontou Menicucci.

Em sua saudação às dirigentes dos partidos, a ministra ressaltou que a presença e atuação das mulheres nas siglas partidárias. “Como esse grupo influindo, muda a lógica da sociedade”, apontou.

Balanço SPM

Em breve panorama sobre as ações da SPM, Menicucci fez balanço do programa ‘Mulher, Viver sem Violência’, atualizando sobre a previsão de lançamento de pedras fundamentais da Casa da Mulher Brasileira, entrega de 34 dos 54 ônibus para mulheres do campo e da floresta e a operação da agência-barco Caixa Ilha de Marajó, que prossegue até 6 de fevereiro em nove municípios marajoaras. “Estamos conquistando acesso mais universal na área urbana, rural e nas águas. Realmente, estamos cumprindo com os nossos objetivos”, declarou a ministra.

Outro ponto abordado por Menicucci foi a recente criação da Política Nacional de Atenção às Mulheres em Situação de Privação de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional (PNAMPE), cujo grupo de trabalho é coordenado pela SPM e pelo Ministério da Justiça. A medida está voltada à humanização, assistência jurídica gratuita, melhores condições de tratamento nas prisões e oportunidades de qualificação profissional de mulheres privadas de liberdade são algumas das recomendações para os estados.

Menicucci mencionou a instalação do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, ocorrida na quarta-feira (29), em seguimento à Política e a Plano Nacional temáticos. Comentou o ingresso de empresas em apoio à campanha ‘Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte’ e o incremento de mais empresas ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, ambos previstos para meados de março. E a articulação com o Fórum de Mulheres Empresas, salientando focos de ascensão a cargos de decisão e participação em conselhos empresariais.

Reconhecimento das mulheres

A ministra das Mulheres falou sobre o Prêmio Feministas Históricas, para valorizar a contribuição de mulheres com produção intelectual e social sobre os direitos das brasileiras, a realização do Prêmio Lélia Gonzalez, dedicado às organizações de mulheres negras, e o alcance das metas da chamada pública Meninas e Jovens Fazendo Ciência, que selecionou 300 projetos para incentivar o estudo de crianças e adolescentes sobre ciências exatas e tecnológicas. Ao final, Menicucci citou a redução de 50% da morte materna, nos últimos dez anos, como resultado das políticas pública de atenção às mulheres.

Fonte:  Secretaria de Políticas para as Mulheres



04/02/2014 12:20


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