MIRANDA DIZ QUE É HORA DE DESCRUZAR OS BRAÇOS PARA COMBATER A VIOLÊNCIA



O senador Mauro Miranda (PMDB-GO) sustentou que é hora de se encontrarem meios de combater a violência no país. Ele lamentou o seqüestro de Wellington Camargo, irmão dos cantores Zezé Di Camargo e Luciano, dizendo que se deve tirar algo positivo dessa tragédia, como a idéia lançada pela dupla de uma grande mobilização nacional pela paz.- Antes de mais nada, é preciso que os meios de comunicação liderem essa campanha, em articulação com a presidência da República e os ministérios da Justiça e das Comunicações. Na opinião do senador, a sociedade tem que se unir e demonstrar que não vai cruzar os braços.- Seja denunciando os criminosos, seja pressionando os legisladores, seja multiplicando os espaços de conscientização nas televisões e nos jornais, seja exigindo medidas concretas nos três níveis do executivo - o federal, o estadual e o municipal - declarou.Citando o Rio de Janeiro, o senador falou das propostas "claras e objetivas" do governador Anthony Garotinho como exemplo de iniciativa para conter a violência. Segundo Mauro Miranda, com o projeto de desarmamento do estado do Rio, sob o slogan "Rio, abaixe esta arma", o governador está assumindo a dianteira de um movimento que pode ganhar dimensões nacionais. O projeto de Garotinho, entende o senador, precisa ser apoiado para que se forme "uma cultura de que não há projetos impossíveis".Para Mauro Miranda, o Congresso Nacional terá de identificar "espaços de criatividade, de vontade política e de engenharia legislativa", criando soluções legais mais práticas e efetivas para impedir a proliferação do crime. O senador destacou que nas duas Casas do Congresso há juristas capazes de aperfeiçoar os códigos e a Constituição, criando essas soluções e modernizando as leis.- Cabe a nós descruzar os braços e usar a tribuna e todos os recursos de elaboração legislativa para condenar a violência e mudar o quadro de impotência que transforma em reféns dos bandidos essa nação amante da paz que é o Brasil e este povo bom e solidário que vive em constante sobressalto - concluiu.

29/03/1999

Agência Senado


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