MOREIRA CONDENA TRANSFORMAÇÃO DO BASA EM AGÊNCIA DE FOMENTO
O senador Moreira Mendes (PFL-RO) defendeu nesta terça-feira (dia 20) a manutenção do Banco da Amazônia (Basa) como agente direto do desenvolvimento regional e contestou a sua transformação em agência de fomento, como pretende o governo. Para ele, é preciso que as autoridades econômicas comparem melhor os benefícios trazidos pelo Basa com os aspectos negativos registrados ao longo de toda a sua atuação como impulsionador do desenvolvimento econômico e social da Amazônia.- Apesar de ter falhado em alguns procedimentos operacionais ao longo de sua história, o Basa apresenta hoje uma folha inestimável de serviços ao país, ao governo federal e à região amazônica - afirmou o senador.Em relação a Rondônia, Moreira Mendes disse que a atuação do Basa foi exemplar na promoção do desenvolvimento local. "Basta dizer que, na opinião da quase totalidade dos rondonienses, a história do banco confunde-se com a história da terra", assinalou. O senador destacou ainda o fato de o Basa ser o responsável, há dez anos, pela gestão do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), e de ter investido, só em Rondônia, cerca de US$ 304 milhões.O senador Jefferson Peres (PDT-AM) disse conhecer o que chamou de "os pecados" do Basa, mas, mesmo assim, manifestou-se contrário à privatização ou extinção do banco. Para ele, isso pode ser o início do desmantelamento do sistema financeiro oficial, começando pelo Banco do Nordeste e acabando na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil. O senador Bernardo Cabral (PFL-AM) classificou o discurso de Moreira Mendes como "o discurso da região amazônica". O senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) destacou a "ação efetiva" do Basa junto ao pequeno produtor e disse que a intenção real do governo é enfraquecer a Amazônia. O senador Romeu Tuma (PFL-SP) disse conhecer pouco a história do Basa, mas assinalou que o discurso de Moreira "é um grito de guerra e alguém tem que ouvir".
20/06/2000
Agência Senado
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