Motta critica ação de ONGs contra desenvolvimento da carcinicultura



O senador João Batista Motta (PMDB-ES) denunciou a ação de organizações não-governamentais (ONGs) para impedir o desenvolvimento da aqüicultura e, especialmente, da criação de crustáceos (carcinicultura) no país. Ele repudiou qualquer ação que promova exclusão social e degradação do meio ambiente, mas disse repudiar igualmente o exagero de ONGs que se insurgem contra as milenares e naturais necessidades do homem de obter recursos nos moldes do desenvolvimento sustentável.

Motta ressaltou também a necessidade de se desmistificar o "fantasma" que vem sendo desenhado no panorama agroidustrial brasileiro, com apelos veementes que se reportam a desastres ecológicos ocorridos em países como Honduras ou Equador em decorrência da má administração da criação de crustáceos.

O senador argumentou que o Brasil possui políticas agrícola e ambiental bem diversas daqueles países e que tem exigente legislação ambiental. Lembrou também os avanços tecnológicos obtidos nos últimos dez anos, que propiciaram, segundo disse, a redução drástica de resíduos da produção de camarão.

Ele rebateu ainda argumentos segundo os quais a criação de camarões gera poucos empregos e provoca conflitos com as atividades pesqueiras de populações tradicionais.

- Não é isso o que diz estudo realizado por pesquisadores do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco, com apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão - afirmou Motta.

De acordo com o estudo, observou o senador, a cadeia produtiva da carcinicultura gera 3,75 empregos por hectare, bem mais que os 2,14 empregos/hectare gerados pela fruticultura.

­- A carcinicultura nacional tem-se aperfeiçoado constantemente. Os projetos brasileiros de fazenda de camarão são concebidos com responsabilidade econômica, social e ecológica, assegurando a preservação ambiental e, conseqüentemente, a sustentabilidade - afirmou Motta.

O senador lembrou ainda que o Brasil é campeão em produtividade e o 7º maior produtor mundial de camarões. Somente nos primeiros cinco meses deste ano, acrescentou, as exportações brasileiras de camarão chegaram a US$ 87 milhões, com projeção de atingir US$ 240 milhões no ano.



30/12/2003

Agência Senado


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