Mozarildo afirma que reformulação da CEF garantirá cumprimento de papel social



A manutenção da Caixa Econômica Federal (CEF) como agência de distribuição de programas públicos e a garantia de que a empresa não vai gerar novos passivos, como o do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), são as premissas da reformulação por que irá passar a instituição, afirmou nesta sexta-feira (dia 29) o senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR). "Será uma empresa com mais condições de prestar melhores serviços à sociedade, em especial na execução do financiamento imobiliário, no apoio ao desenvolvimento urbano e na distribuição de programas públicos", observou, salientando que a reformulação não trará qualquer alteração nos contratos firmados pela instituição.

Mozarildo disse que o Plano de Reestruturação da CEF é constituído de quatro partes: modelo de gestão que garanta equilíbrio operacional; estratégia para prevenir a geração de novos esqueletos como o do FGTS; a troca de ativos, e a venda de créditos imobiliários, transferindo ao Tesouro Nacional R$ 26,7 bilhões em ativos constituídos exclusivamente por financiamentos imobiliários.

O Ministério da Fazenda e a Caixa preparam, conforme relato do senador, uma proposta de concessão de subsídios para que as famílias de menor renda tenham acesso à moradia. Além disso, continuou Mozarildo, a CEF vai apoiar a Presidência da República na formulação de uma nova política habitacional com foco na redução de riscos, o que permitirá alcançar uma remuneração mínima aceitável para uma instituição financeira. "Há um déficit habitacional no Brasil estimado em 5,6 milhões de unidades, sendo que 85% delas devem ser produzidas para a camada da população de menor renda. O objetivo da Caixa é apoiar o governo federal na eliminação desse déficit", afirmou o senador.

Aftosa

Em outra parte do seu pronunciamento, Mozarildo comentou as declarações do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PSDB-RR), para quem o governo do estado não teria tomado as medidas necessárias para conter um possível avanço da febre aftosa em Roraima. Mozarildo disse que foi detectado apenas um foco em Caroebe (sul do estado), mas que, ainda assim, o governo promoveu a vacinação de 50% do rebanho. Além disso, a secretaria de Agricultura isolou o município para não haver a disseminação. "O líder do governo fez um registro, quando deveria ajudar a buscar soluções, esquecendo-se de que o governador Neudo Campos também é um aliado do presidente Fernando Henrique", comentou.

29/06/2001

Agência Senado


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