Mozarildo analisa dificuldades das pequenas empresas



Afirmando que as pequenas e microempresas não podem ser tratadas com os mesmos métodos de avaliação das grandes empresas e corporações, o senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) comentou matéria publicada pelo jornal Gazeta Mercantil, com o título "Ambiente ainda inóspito às pequenas empresas", em 12 de agosto último, e que resume o conjunto de dificuldades vividas pelas pequenas e microempresas brasileiras.

Como primeiro problema, Mozarildo apontou a elevada taxa de mortalidade das pequenas e microempresas. Segundo ele, 49,4% dessas empresas encerram suas atividades antes de dois anos de funcionamento; 56,4% das microempresas são extintas antes de três anos de vida; e quase 60% morrem antes de completar quatro anos de funcionamento.

Mozarildo assinalou que as grandes empresas concentram capitais, reforçam suas vantagens na competição com seu poder econômico e tecnológico, com maiores margens de lucro e com maior ritmo de acumulação de capital e de investimentos.

Diferentemente, afirmou, as pequenas e microempresas não dispõem de fontes de financiamento adequadas e suficientes para impulsionar suas atividades, ampliar sua capacidade de produção ou penetrar em mercados mais amplos. Por isso, não podem investir em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, nem contam com o apoio de grande corporações financeiras.

O senador lembrou ainda que normalmente as pequenas e microempresas sobrevivem com uma renda mínima, muitas vezes num arranjo familiar em que quase todos os membros das famílias trabalham diretamente na empresa e o rendimento é derivado muito mais do trabalho da família do que de um verdadeiro lucro empresarial.

- Muitas vezes esse pequenos negócios são destruídos por grandes empresas - afirmou.

Além disso, frisou Mozarildo, as elevadas taxas de juros e a carga tributária "asfixiante" impedem o desenvolvimento das pequenas empresas e, apesar dos anúncios oficiais de apoio ao microempresário, a situação continua muito difícil. O senador citou estudos realizados pelo Sebrae segundo os quais existem problemas gerenciais, falta de planejamento, insuficiência de capital de giro, elevado grau de endividamento e outras questões relacionadas com a técnica administrativa e capacidade gerencial.



19/11/2004

Agência Senado


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