Mozarildo critica os gastos elevados da Presidência da República



Ao discursar nesta terça-feira (8), o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) comentou reportagem do jornal Correio Braziliense sobre gastos com pessoal da Presidência da República. De acordo com o jornal, disse Mozarildo, a Presidência da República gastou com pagamento de pessoal R$ 952 milhões, no período de julho de 2008 a julho de 2009, valor superior ao de 11 ministérios.

No mesmo período, acrescentou o senador, o Ministério da Integração Nacional gastou R$ 515 milhões; o Ministério do Meio Ambiente consumiu R$ 873 milhões e o Ministério de Minas e Energia R$ 380 milhões.

- A Presidência, 952 milhões de reais, quase R$1 bilhão. Onze ministérios gastaram menos que a Presidência da República. Então é um absurdo que isso aconteça. O presidente Barack Obama tem menos gente e menos gastos para exercer a Presidência do que o presidente Lula - completou Mozarildo.

Maçonaria

Mozarildo também registrou sua participação no 26º Congresso Maçônico do Grande Oriente do Estado da Bahia, realizado na cidade de Feira de Santana. O senador, que foi um dos palestrantes do encontro, quando falou sobre a Amazônia. Ele também registrou a presença de importantes autoridades da Maçonaria brasileira no congresso, onde foram discutidos, entre outros temas, a defesa das fronteiras brasileiras, a Amazônia, a educação e a saúde.

Paralelamente ao encontro maçônico, acrescentou Mozarildo, foi realizada reunião da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul, composta principalmente por esposas de maçons.

Pré-sal

O senador também comentou o recente lançamento do marco regulatório do pré-sal pelo governo. Para Mozarildo, a ênfase do governo no assunto serve para desviar a atenção da opinião pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras e para promover a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República.

- É uma estratégia muito importante de marketing, para tirar o foco da CPI da Petrobras. É um assunto para dominar a pauta para não discutirmos os problemas da saúde, da educação, da segurança, da falta de emprego, da gastança. O maior objetivo mesmo disso tudo é inflar a candidatura da sua candidata, a ministra Dilma, e entorpecer, anestesiar a opinião pública a respeito dos desvios do seu governo - opinou.

Em aparte, o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) disse que a discussão sobre o futuro da exploração de petróleo na camada pré-sal precisa ser democratizada.



08/09/2009

Agência Senado


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