Mozarildo defende reforma na política, nos partidos e na Justiça Eleitoral



O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) defendeu, em discurso no Plenário nesta quinta-feira (22), o financiamento público e as doações de pessoas físicas para campanhas políticas. O senador observou que o atual modelo, embora seja em parte público, pois são utilizados recursos do Fundo Partidário, abre espaço para a corrupção, pois uma empresa privada, que também pode financiar as campanhas, muitas vezes o faz acreditando que terá algum benefício do político eleito. Uma reforma política de verdade poderia, afirmou o senador, fazer com que o financiamento seja “público de fato”.

Para Mozarildo, o financiamento público deveria ter como base o tamanho do partido e o número de candidatos por legenda. O senador manifestou contrariedade com o voto em listas, mas admitiu que o voto proporcional pode eleger parlamentares com pouquíssimos votos – o que “não representa a vontade do povo”. Ele sugeriu acabar com o voto proporcional para cargos do Legislativo, respeitando a quantidade de votos que cada candidato recebeu.

Ao lembrar que há muitos partidos no país e criticar as negociações por tempo na TV, o senador também defendeu uma reforma partidária, inclusive com a realização de prévias para as eleições majoritárias.

- Se mudarmos o processo eleitoral, mas não mudarmos os partidos, vamos continuar na mesma coisa – afirmou.

A Justiça Eleitoral, acrescentou Mozarildo, também precisa de uma reforma, pois “é muito lenta” e “esquisita”. O senador defendeu juízes próprios para os tribunais eleitorais, já que hoje os juízes são “emprestados” de outras áreas da Justiça. Mozarildo admitiu que há pouco tempo para implementar mudanças válidas para as eleições de 2014. Ele disse, no entanto, que as mudanças serão possíveis se houver vontade política dos líderes partidários no Congresso e dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.

- A democracia brasileira precisa urgentemente dessas reformas – afirmou.



22/08/2013

Agência Senado


Artigos Relacionados


Cristovam defende reforma política e fim dos partidos

Marco Maciel defende consenso prévio entre os principais partidos para realização da reforma eleitoral

Valadares defende redução de partidos na reforma política

João Costa defende ampla reforma política e fortalecimento dos partidos

João Durval defende reforma política que reduza o número de partidos

Mozarildo Cavalcanti defende criação de quadro próprio de magistrados para a Justiça Eleitoral