Mozarildo elogia projeto que amplia acesso de negros e índios à universidade
O senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) parabenizou o Ministério da Educação pelos Projetos Inovadores de Cursos (PIC), inseridos no programa Diversidade na Universidade. O objetivo do programa é facilitar o acesso ao ensino superior para indígenas e afrodescendentes, oferecendo curso pré-vestibular para jovens desses grupos étnicos.
- Fala-se muito no sistema de cotas, que, por sinal, já começou a ser implementado em algumas universidades. Não obstante, penso que a filosofia adotada nos Projetos Inovadores de Cursos é muito mais vantajosa. Afinal os indígenas e os afrodescendentes não querem privilégios. Querem, tão-somente, igualdade de oportunidades, e é isso que propicia o modelo adotado - afirmou.
Mozarildo lembrou que, em um país em que 45% da população se declara negra ou mulata, apenas 2% dos universitários são negros ou mulatos. A situação, disse o senador, é um reflexo do que ocorre no ensino básico, uma vez que 7% das crianças negras estão fora da escola, contra menos de 3% das brancas. A situação dos índios é igualmente dramática. A média de anos que um índio passa na escola é de 4,1, número que cresce para 6,6 no caso da população branca.
O senador manifestou o seu desejo de que o programa, que já abrange os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, seja expandido às demais unidades da federação. Ele ressaltou que as desigualdades no país não se evidenciam somente entre etnias, as são também regionais.
10/12/2003
Agência Senado
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