Mozarildo pede mobilização do país para "expulsão" de maus políticos das eleições de 2010
As próximas eleições, em outubro de 2010, devem ser a grande oportunidade para a população brasileira "expulsar" os maus políticos com mandatos tanto no Legislativo como no Executivo, nos estados e no plano federal. A sugestão foi feita pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), em Plenário, nesta sexta-feira (22), quando defendeu uma mobilização geral de todas as instituições importantes do país, das universidades à Igreja, clubes da Maçonaria e do Lyons, para despertar a consciência de que, se existem os maus políticos, são os eleitores que os conduzem aos cargos.
- Então, é preciso separar o joio do trigo. E a oportunidade de ouro é em outubro do ano que vem, quando haverá essa chance, para que a população brasileira faça essa grande reforma - apelou.
Mozarildo observou que a notoriedade que os maus políticos alcançam no noticiário deteriora a imagem de todos os agentes do campo político. Ele aproveitou para pedir registro nos autos de entrevista em que o presidente do Senado, José Sarney, também defendeu a "expulsão" dos parlamentares que agem de forma moralmente condenável.
- Eu tenho certeza que, quando o senador José Sarney fala que é preciso expulsar os políticos, ele não está aqui se referindo a expulsar via Conselho de Ética, a expulsar via Poder Judiciário; ele está se referindo justamente a expulsar pelo voto. O eleitor é que deve colocar, tirar ou mandar novos, mas novos que não sejam da mesma coisa que aqui está - afirmou.
Ao comentar aparte do senador Paulo Paim (PT-SP), Mozarildo defendeu o financiamento público de campanha e condenou a lista fechada - em que os votos obtidos pelo partido elegem parlamentares escolhidos pela máquina partidária, tema em debate atualmente.Quanto ao financiamento público, disse ser "muito mais decente", já que a captação de recursos de campanha hoje envolve recursos de "caixa dois", fruto do superfaturamento de obras públicas. Sobre a lista fechada, ele afirmou que será um "mal maior" na comparação com o sistema atual.
- Vai-se tirar do cidadão o direito de, por exemplo, não votar num mau político, num mau cidadão. Por quê? Os caciques partidários - vamos falar claramente - podem perfeitamente organizar uma lista em que coloquem, por exemplo, como primeiro, como segundo, pessoas que o eleitor não quer escolher.
Terras
No pronunciamento, Mozarildo também registrou a realização, nesta sexta, em Boa Vista, de uma solenidade no Palácio do Governo, para marcar a assinatura do título de doação das glebas Kauamé e Karakaraí da União para o estado de Roraima. Estarão presentes o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart.
Para o senador, o ato não representa mais do que a "devolução" de terras que deveriam ter sido incorporadas aos bens do estado desde que ele deixou de ser território federal. Mozarildo manifestou satisfação com desfecho do caso e assinalou que tudo poderia ter sido feito há anos, mas o Incra vinha criando dificuldades de todo tipo.Conforme o senador, a decisão saiu agora, por medida provisória, como parte de um "jogo de cena" para capitalizar politicamente Romero Jucá (PMDB), líder do governo no Senado, que estaria se candidatando a mais um mandato como senador
- Essa medida vem tarde demais, mas ainda há tempo de recuperar esse tempo perdido, porque foi um tempo perdido não por falta de esforço dos governadores de Roraima, dos sucessivos governadores e de todos os parlamentares federais e estaduais - disse.
Emendas
Com base em notícias publicadas em grandes jornais do pais, Mozarildo anunciou que pretende levar ao Ministério Público da União (MPU) denuncia de que o governo está privilegiando parlamentares da base com liberação de R$ 1 bilhão em recursos de emendas ao Orçamento. O senador, que já havia assinado uma representação, ao MPU, de senadores de oposição sobre a questão das emendas, em 2007, classifica o privilégio à base de apoio uma "afronta" aos princípios da administração pública, como a impessoalidade e a moralidade dos atos.
22/05/2009
Agência Senado
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