Mozarildo quer construção de hidrelétrica em Roraima
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) pediu a construção de uma usina hidrelétrica em Roraima. O estado é abastecido com energia proveniente da hidrelétrica de Gúri, na Venezuela, que vem enfrentando racionamento.
Em pronunciamento nesta quarta-feira (3), Mozarildo disse que o fornecimento de energia pela Venezuela não é confiável. Segundo ele, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirma que o racionamento é causado por uma estiagem, mas, para o senador, sua causa é a falta de manutenção das turbinas, que está sendo feita agora por funcionários da Eletronorte enviados àquele país.
De acordo com o senador, o projeto para a construção da hidrelétrica de Cotingo foi apresentado em 1993, no primeiro governo de Ottomar Pinto. Quando assumiu o governo pela segunda vez, em 2004, o governador pediu a construção da hidrelétrica à então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, que prometeu retomar os estudos para a construção da usina, orçada em R$ 240 milhões.
Para Mozarildo, não se pode argumentar que a área é uma reserva indígena, uma vez que a Constituição permite a construção, desde que haja autorização do Congresso Nacional. O Senado, lembrou o parlamentar, já aprovou projeto de decreto legislativo autorizando o governo federal a construir a usina. A matéria está parada na Câmara dos Deputados.
O senador criticou o que chamou de "alternativas mirabolantes" para o abastecimento de Roraima, como a construção de linhas de transmissão ligando o estado à usina de Tucuruí ou às novas usinas em construção em Rondônia. Ele também manifestou sua contrariedade diante de nota publicada no jornal O Globo, segundo a qual a Eletrobrás vai construir usinas para atender demanda brasileira na Argentina, na Bolívia, no Peru e na Guiana, sendo cinco neste último país.
- Eu considero isso uma molecagem, uma verdadeira malvadeza com o povo de Roraima - afirmou Mozarildo.
Para o senador, "não se faz nada na Amazônia por uma questão eleitoral", uma vez que há apenas 11 milhões de eleitores na região. Lembrou que em Roraima há 250 mil eleitores, "menos que um bairro de São Paulo".
O senador lembrou que há outros projetos aprovados para construção de usinas em Roraima, no Rio Mucajaí e na Corredeira Bem-querer, no Rio Branco. Disse que irá "entrar de cabeça" na luta pela construção da usina, acionando o Poder Judiciário se for preciso.
03/02/2010
Agência Senado
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