Mozarildo sugere ação conjunta de instituições da sociedade



O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) apontou a necessidade de um trabalho conjunto e de início imediato de várias instituições da sociedade para combater a corrupção. Para embasar essa sugestão, ele citou resultados de pesquisa, cujos dadosdisse considerar "alarmantes", realizada pelo instituto Datafolha, e publicada no caderno Mais, do jornal Folha de S. Paulo, do último domingo (4).

A pesquisa revela, disse ele, que os brasileiros se sentem cercados de corrupção por todos os lados embora advoguem um alto padrão moral com valores semelhantes em todos os estratos da sociedade.

De acordo com resultados da pesquisa, citados por Mozarildo, 79% dos entrevistados dizem que os brasileiros vendem o voto, 33% acreditam não ser possível fazer política sem um pouco de corrupção, 12% aceitariam vender o voto e 10% dizem que já mudaram o voto em troca de emprego ou favor.

- Se o próprio povo pensa assim, fica complicado acreditar que a gente possa mudar as coisas - argumentou ele, ressaltando, contudo, crer na possibilidade de recuperação das pessoas, até pela sua formação de médico.

Esse combate à corrupção, observou o senador, deveria ter início na família, com o trabalho cuidadoso dos pais de corrigirem os filhos a cada atitude incorreta, e ter continuidade na escola, onde todas as disciplinas e atividades deveriam reservar espaço para abordar o problema da corrupção. Ele sugeriu, inclusive, que a pesquisa do instituto DataFolha seja impressa no formato de manual para distribuição nas escolas.

Outras instituições como as religiões, a Maçonaria, o Judiciário e o Ministério Público também deveriam participar de ações de enfrentamento ao mal da corrupção, segundo sugeriu o senador. Já os partidos políticos, em sua opinião, não têm credibilidade para realizar uma campanha com esse propósito.

Lembrando que haverá eleições em 2010, Mozarildo conclamou os eleitores a "fazerem uma limpeza" por meio do voto, "votando certo, nas pessoas que têm um passado decente e que não usam a política para corromper ninguém nem para se enriquecer".

09/10/2009

Agência Senado


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