Mudanças no equilíbrio econômico mundial dificultam Rodada de Doha, afirma Roberto Azevêdo



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O recém-eleito diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), embaixador Roberto Azevêdo, visitou a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE), que está reunida desde às 10h desta quinta-feira (23). Azevêdo se mostrou pessimista quando à negociação da Rodada Doha e justificou dizendo que a causa não é o grande número de países que participam da OMC, mas as mudanças no equilíbrio econômico mundial. Para ele, a busca da solução passa pela mudança do foco para o resultado possível ao invés do resultado perfeito.

- Ainda que o possível não seja o desejável, o possível é um passo na direção correta do caminho que nós temos que trilhar na OMC – disse

Azevêdo disse que assume a OMC num momento crítico, em que o sistema multilateral do comércio corre riscos importantes. Ele pediu apoio do Congresso Nacional para que possa "cumprir sua missão" à frente do órgão.

- O sistema está completamente paralisado, as negociações estão emperradas já há quase 20 anos – afirmou o embaixador.

Roberto Azevêdo disse que é importante quebrar esse ciclo e que tentará fazer isso como diretor-geral da OMC, cargo que ele assumirá em setembro. O embaixador respondeu questões dos senadores sobre a Rodada Doha, os acordos bilaterais, o futuro do país como exportador, o déficit comercial , entre outros assuntos.

A CRE realiza a partir de agora a sabatina dos indicados às embaixadas do Brasil na Argélia e em Israel, respectivamente, Eduardo Botelho Barbosa e Henrique da Silveira Sardinha Pinto.

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23/05/2013

Agência Senado


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