NABOR JÚNIOR CRITICA REDUÇÃO DAS COMISSÕES DAS AGÊNCIAS DE VIAGEM



Ao comunicar que recebeu mensagem da seção do Acre da Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav) denunciando que as empresas aéreas estavam reduzindo as comissões pagas às agências pela emissão de passagens, o senador Nabor Júnior (PMDB-AC) defendeu, nesta sexta-feira (dia 4), uma posição mais firme do Senado, no seu papel de representante da cidadania e defensor dos interesses nacionais.
- Há poucos dias o Congresso aprovou projeto que proibiu a implantação dos auto-serviços de abastecimento nos postos de gasolina, numa clara demonstração de que está acordando para a necessidade de refrear um pouco a ganância do empresariado, que, em grande parte, passa por cima de qualquer princípio ético ou humano quando se trata de ganhar algumas frações percentuais de lucro - lembrou Nabor Júnior.
A remuneração dos agentes pela emissão de bilhetes internacionais caiu de 9% para 6% e o corte nas comissões pela venda de passagens domésticas foi de 30%, informou o senador.
Nabor Júnior registrou que quando as companhias aéreas estrangeiras chegaram ao Brasil com o interesse de conquistar as principais rotas aéreas internacionais, ofereceram brindes, cortesias e até bonificações extras para quem vendesse seus bilhetes. Ao mesmo tempo, acrescentou o senador, as empresas de aviação nacionais, que já viviam "tempos difíceis e nebulosos", terminaram por agravar sua situação e foram obrigadas a fechar várias linhas no exterior.
- O Brasil não pode continuar permitindo que grupos estrangeiros ditem regras em setores essenciais, como é o dos transportes aéreos. A omissão das nossas autoridades permitiu que empresas norte-americanas pratiquem essa truculência contra os agentes de viagem. A mesma omissão incentivou as empresas nacionais a tomarem idêntica atitude, estendendo sua voracidade também aos trechos domésticos - protestou Nabor Júnior.
Em aparte, o senador Bernardo Cabral (PFL-AM) elogiou o pronunciamento de Nabor Júnior, que, no seu entender, alerta para os riscos da desnacionalização, "a forma criminosa pela qual é permitido que os de fora venham dar solução aos problemas nacionais". Ele também solidarizou-se com os agentes de viagem pela luta que estão enfrentando para tentar sobreviver.

04/02/2000

Agência Senado


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