Nabor poderá pedir arquivamento de relatório contra Jader Barbalho



O senador Nabor Junior (PMDB-AC) comunicou na tarde desta terça-feira (dia 18) que irá apresentar um voto em separado contrário ao relatório que recomenda a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). A entrega de seu voto, que segundo informou poderá também recomendar o arquivamento do processo, acontecerá na reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da próxima quinta-feira (dia 20).

- Não vou solicitar mais investigações pois estou há cinco dias com o relatório elaborado pelos senadores Romeu Tuma (PFL-SP) e Jefferson Péres (PDT-AL) e minha conclusão é que não existem provas que possam incriminar o senador Jader Barbalho. As acusações contra ele são infundadas e vou mostrar com documentos do Banco Central e do banco Itaú que Jader não foi beneficiado pelos desvios do Banpará - disse Nabor.

O presidente do conselho, senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), assegurou que a reunião de quinta começará cedo - às 9 h - para que os senadores possam votar o relatório ou relatórios sobre Jader.

Já os autores do relatório que pedem a abertura de processo contra Jader, Romeu Tuma e Jefferson Péres manifestaram convicção de que a renúncia do senador do cargo de presidente da Casa irá facilitar o andamento dos trabalhos do conselho.

- Essa foi uma decisão pessoal de Jader que não cabe comentar, mas a verdade é que essa situação tem angustiado o Senado e existe o desejo de completar a votação desse caso - afirmou Tuma.

Jefferson Péres disse que os trabalhos no conselho ficam mais fáceis, "pois os senadores poderão trabalhar com serenidade já que estarão julgando um senador destituído dos poderes especiais que o cargo de presidente conferia a Jader".

Tuma também anunciou que não irá alterar seu relatório em função das novas denúncias constantes de relatório da Polícia Federal, onde está indicada a participação de Jader em irregularidades na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia. Segundo explicou Tuma, tal medida poderia atrasar muito a tramitação do caso. A investigação mais aprofundada sobre esse caso poderá ser feita em etapa posterior, caso seja aberto o processo contra Jader, disse o senador.

18/09/2001

Agência Senado


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