Nabor: "recuo do PT é apenas estratégia"



O senador Nabor Júnior (PMDB-AC) afirmou nesta sexta-feira (dia 02) que o PT agiu estrategicamente ao desistir de pedir a cassação do ex-presidente do Senado Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), por suspeita de violação do sigilo da votação em que o senador Luiz Estevão (PMDB-DF) foi cassado, em junho do ano passado.

Na opinião de Nabor, o recuo do PT teve como objetivo obter dos parlamentares ligados a Antonio Carlos apoio ao pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista destinada a investigar as denúncias de corrupção no governo, feitas pelo senador baiano.

No entender de Nabor, ao desistir da idéia de pedir a cassação, o PT estaria contabilizando as assinaturas de 27 parlamentares no Senado e 171 na Câmara dos Deputados, necessárias à criação da CPI. O senador pelo Acre elogiou os procedimentos adotados pelo presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), para apurar as suspeitas de violação do painel eletrônico.

- Se o sistema não é confiável, tem de ser substituído - afirmou Nabor.

O senador disse acreditar na normalização das relações entre o PFL e o governo e entre o PFL e o PMDB, como aliados do governo. E, referindo-se às demissões ocorridas no governo, citou como exemplo dos que continuam gozando da confiança do presidente Fernando Henrique Cardoso o ministro do Desporto e Turismo, Carlos Melles, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Emílio Carrazai.

- A maioria dos colaboradores do primeiro, segundo e terceiro escalões ligados ao PFL não foi e nem será demitida - disse Nabor.

02/03/2001

Agência Senado


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