Nabor: "recuo do PT é apenas estratégia"
Na opinião de Nabor, o recuo do PT teve como objetivo obter dos parlamentares ligados a Antonio Carlos apoio ao pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista destinada a investigar as denúncias de corrupção no governo, feitas pelo senador baiano.
No entender de Nabor, ao desistir da idéia de pedir a cassação, o PT estaria contabilizando as assinaturas de 27 parlamentares no Senado e 171 na Câmara dos Deputados, necessárias à criação da CPI. O senador pelo Acre elogiou os procedimentos adotados pelo presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), para apurar as suspeitas de violação do painel eletrônico.
- Se o sistema não é confiável, tem de ser substituído - afirmou Nabor.
O senador disse acreditar na normalização das relações entre o PFL e o governo e entre o PFL e o PMDB, como aliados do governo. E, referindo-se às demissões ocorridas no governo, citou como exemplo dos que continuam gozando da confiança do presidente Fernando Henrique Cardoso o ministro do Desporto e Turismo, Carlos Melles, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Emílio Carrazai.
- A maioria dos colaboradores do primeiro, segundo e terceiro escalões ligados ao PFL não foi e nem será demitida - disse Nabor.
02/03/2001
Agência Senado
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