"NÃO QUIS FAZER CRÍTICA A ACM", DIZ SIMON



Ao fazer uma análise de seus últimos discursos sobre a substituição do ministro do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) explicou nesta sexta-feira (dia 10), em plenário, que não quis criticar o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) pelo fato de este não ter estado presente às sessões plenárias dos últimos dias 6 e 9.
- Eu quis dizer que ele fez falta na intermediação do diálogo com o presidente da República - esclareceu o senador que, entretanto, reconheceu ter cometido um equívoco ao cobrar a presença do presidente do Senado na frente de parlamentares franceses, que poderiam interpretar seu discurso de maneira diferente.
Para Simon, nos dias em que não há pauta nas sessões, não se pode cobrar de nenhum senador o fato de não estar no Senado. O senador acredita que o trabalho mais árduo desenvolvido pelo parlamentar é feito junto a suas bases, em seu estado.
- O parlamentar é um intérprete da sociedade. Aquele que ficar no Congresso e não for às suas bases corre o risco de não interpretar o pensamento dessas bases - afirmou.Simon disse ser autor de uma proposta que pretende melhorar o funcionamento do Congresso: os parlamentares trabalhariam em Brasília até esgotarem a pauta e, então, estariam liberados para passar o tempo que fosse necessário nos estados. Ele acredita que a medida traria até mesmo economia, já que, em vez de receberem quatro passagens aéreas por mês, deputados e senadores precisariam de apenas uma.
- Da maneira como está, passamos um terço do tempo no Senado, um terço na base e um terço no avião, viajando de lá para cá - afirmou Simon, que citou o exemplo de um deputado de Uruguaiana que leva dez horas para chegar à cidade.
Para resolver esse problema, o senador disse ter tomado a iniciativa de trazer a família para Brasília, daí o fato de estar presente às sessões do início e do final da semana.

10/09/1999

Agência Senado


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