'Não se conhece democracia que sobreviva sem Congresso', diz Arthur Virgílio



Para o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), o Congresso Nacional precisa dar respostas e se reinventar após a crise que atravessa, porque "não se conhece democracia que sobreviva sem Congresso". Em discurso nesta quinta-feira (30), ele se associou ao pronunciamento realizado anteriormente pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), que reiterou a necessidade de ações concretas que devolvam a credibilidade do Parlamento junto à opinião pública.

O senador acredita que a crise pela qual passa a instituição é um "momento de ruptura" e deve ser aproveitado para a construção de um Congresso mais forte. Isso, frisou, implica em que todos assumam as suas responsabilidades.

- Quem tiver responsabilidade, que a exerça plenamente e o faça da melhor maneira, seja na tribuna parlamentar, na tribuna da imprensa ou na tribuna da sociedade civil - disse o senador.

Arthur Virgílio frisou que o cidadão tem o direito de recusar o retorno de determinado político - aquele que julgue desnecessário, nocivo, ou lesivo ao processo democrático - à Câmara, ao Senado ou a qualquer posição na vida pública.

O Congresso, lembrou o senador, com todos os defeitos e qualidades que possui, representa a sociedade brasileira, é a média do que pensa o cidadão, e ambos, sociedade e Parlamento, precisam encontrar a melhor saída para a crise que o acomete e "deixa enferma a democracia brasileira".

Solidariedade

Arthur Virgílio registrou ainda sua preocupação com as enchentes que afetam as Regiões Norte e Nordeste do Brasil. Ele fez um apelo à sociedade e às autoridades brasileiras, que em sua opinião estão agindo "muito lentamente" para socorrer as vítimas, e pediu que se comece a pensar em um "SOS Amazônia ou SOS Nordeste", a exemplo do que ocorreu com Santa Catarina no início do ano.

O senador também cobrou agilidade na nomeação, pelos partidos com representação no Senado, dos parlamentares que participarão da comissão externa proposta por ele para verificar, in loco, os estragos causados pelas chuvas.

Arthur Virgílio comemorou ainda a revogação, pelo Supremo Tribunal Federal, da Lei de Imprensa, em sua opinião, "um dos últimos entulhos do autoritarismo".



30/04/2009

Agência Senado


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