Negociações sobre prorrogação da CPMF prosseguem, diz líder do PMDB
Em entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quinta-feira (25), o líder do PMDB no Senado Federal, senador Valdir Raupp (RO), disse que as negociações entre governo e oposição sobre a prorrogação da CPMF ainda estão em andamento. Ele afirmou que "não houve entendimento" depois da reunião de senadores do PSDB com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta (25).
Entretanto, Raupp afirmou que a bancada do PMDB está quase toda concordando com a necessidade de aprovação da prorrogação da contribuição. O líder disse que apenas os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Mão Santa (PMDB-PI) não devem mudar de opinião e devem manter posição contrária à prorrogação.
Raupp disse ter esperanças de que seu projeto de lei (PLS 579/07) que veda a incidência da CPMF sobre lançamentos a débito de contas correntes de pessoas físicas com renda e movimentação financeira mensais de até R$ 1.200 seja aprovado, talvez até com limites de R$ 1.700 ou R$ 2.500. Tal isenção, disse o líder, diminuiria a arrecadação da CPMF em até R$ 1 bilhão, cifra pequena se comparada aos "benefícios psicológicos" que a isenção teria sobre a população brasileira.
Presidência do Senado
Questionado sobre a possibilidade do presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não retornar à Presidência, Raupp informou que o PMDB ainda não decidiu qual seria o possível candidato da legenda para suceder o alagoano. Para o líder, o cenário ideal seria achar um candidato do PMDB que pudesse ter o apoio tanto da base do governo quanto da oposição. Raupp disse que o PSDB já teria sinalizado que concordaria em apoiar um nome de consenso.
O líder do PMDB avaliou positivamente os primeiros dias do senador Tião Viana (PT-AC) como presidente interino da Casa, mas adiantou que o PMDB não abrirá mão de indicar um novo presidente caso Renan não retorne ao comando do Senado. Raupp disse ter "sinais do próprio PT de que, se o cargo ficar vago, a prioridade é do PMDB".
Voto secreto
Raupp informou que a bancada do PMDB ainda não tem posição definida acerca dos projetos que pretendem restringir ou acabar com as votações secretas no Congresso Nacional. Para o senador, mesmo que alguma das propostas seja aprovada no Senado, dificilmente seria aprovada com facilidade na Câmara dos Deputados.
25/10/2007
Agência Senado
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