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- Eu tratei inicialmente dos casos referentes às vinculações de funcionários com senadores. Mas, há três dias, chamei o diretor-geral e disse que, mediante o levantamento que vinha sendo realizado sobre outros vínculos, ele apressasse as providências para que tivéssemos a dispensa de funcionários, em razão da necessidade do cumprimento da lei. Então o que quero dizer ao contribuinte, é que na primeira hora demiti meu sobrinho. Ora, se demiti meu sobrinho, por que eu iria ter alguma relutância em demitir um auxiliar meu, de confiança? Na verdade estou procurando ser justo. Hoje só há uma preocupação da minha parte, cumprir a lei, custe o que custar.

- Presidente, por que, só agora, seu chefe de gabinete é afastado, preservando-se assim o sobrinho dele?

- Porque muitos casos estão sendo resolvidos só agora. São os chamados casos administrativos, que não são vinculações de funcionários com os senadores. Então vamos ter hoje, no boletim do Senado Federal, a demissão de vários diretores, como o dr. Florian Madruga, que pediu para deixar o cargo. Vários diretores, vários funcionários; e só vocês agora acompanharem os boletins, porque os levantamentos feitos levaram a essa decisão.

- E o Sr. vai ficar sem chefe de gabinete?

- Não, não vou ficar. Vou ficar sem o Madruga, que inclusive prestou bons serviços. Mas ninguém é insubstituível. E o Dr. Florian, a despeito de ser um servidor exemplar, que me ajudou bastante, vai ser substituído pelo Dr. Sergio Penna, que é também servidor da Casa, há muitos anos e que, durante cinco anos, chefiou a Consultoria Jurídica do Senado. O Dr. Florian é tio do João Paulo Madruga e, tendo em vista que o Dr. Florian já é um servidor antigo, tem 35 anos de serviço, preferiu optar pela sua saída e deixar seu sobrinho no gabinete.

Greve da Polícia

Também nessa entrevista, o presidente do Senado foi indagado sobre o conflito mostrado pela televisão entre as Polícias Civil e Militar de São Paulo, em razão de um movimento grevista. Indagado se não seria hora de o Legislativo aprovar uma mudança legal unificando essas duas polícias, Garibaldi falou dos projetos que existem sobre o assunto.

- Existem aqui vários projetos que tentam unificar as Polícias Civil e Militar. É um assunto muito polêmico, porque alguns que conhecem bem a matéria acham que a solução acertada seria a unificação. Outros acham que não. Eu creio que seria a hora se de se promover até uma discussão, mas que não fosse tão demorada, porque o problema está aí, não adianta ficar discutindo academicamente uma coisa que virou uma ameaça à tranqüilidade e à ordem publica. São duas polícias se confrontando na rua e isso não deve continuar. Seria uma boa contribuição se pudéssemos apreciar isso e ter uma solução.

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