NEY SUASSUNA PEDE MAIS ATENÇÃO PARA SAÚDE E EDUCAÇÃO



O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) afirmou hoje (dia 7) que é incontestável a deterioração da qualidade de vida da população, particularmente no que tange a indicadores básicos como saúde e educação. Ele disse que, ao lado de uma política "consistente, contínua e coerente, é preciso a definição de ações emergenciais, tal o descalabro que atingiu esses setores".

- As justificativas até então apresentadas pelo governo, no sentido de que era preciso consolidar o plano econômico ou aprovar as reformas estruturais do Estado, começam a perder credibilidade, à medida em que se torna evidente a inexistência de políticas e programas que dispensem à educação e à saúde as estratégicas emergenciais que a situação exige - acrescentou.

Suassuna referiu-se aos dois últimos relatórios anuais do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), observando que o documento deste ano apresentou os indicadores de saúde e educação de 175 países. Conforme o senador, "destaca-se, no caso brasileiro, o contraste entre os indicadores econômicos e os sociais; no ranking do PIB, per capita real, o Brasil alcança o 68º lugar".

Após salientar que, quanto ao grau de alfabetização de adultos, o país ocupa a 93ª posição, o senador afirmou que o próprio relatório do Pnud mostra que o Brasil continua sendo campeão mundial da concentração de renda. "Os 20% mais ricos da população têm uma renda 32 vezes maior do que os 20% mais pobres", disse.

Citando o relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre as contas do governo relativas a 1996, Suassuna disse que o governo gastou mais dinheiro no socorro aos bancos do que na área de saúde. "O Proer recebeu do Banco Central empréstimos no valor global de R$ 14,9 bilhões, enquanto a saúde recebeu R$ 200 milhões a menos", frisou.

- Urge retirar os programas sociais do governo do plano retórico para efetivá-los na prática, pois a consolidação do desenvolvimento econômico do país dar-se-á, somente, quando se fizer acompanhar do bem-estar social e da elevação dos níveis de qualidade de vida, o que não se fará sem uma radical alteração do desempenho das áreas de educação e de saúde - acentuou.



07/10/1997

Agência Senado


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