Nota à Imprensa: Cúpula do PMDB é incoerente e autoritária
Por outro lado, a incoerência da cúpula partidária começa no momento em que não há defesa da fidelidade partidária como um todo, levando-se em consideração que nenhuma atitude foi tomada contra os deputados que ingressaram na legenda após as últimas eleições. O PMDB, em 1998, elegeu 83 deputados federais. Atualmente tem 88, mas entre 1998 e 2001, chegou a ter 94.
Aqui no Rio Grande do Sul, houve exemplos significativos que podem ser avaliados justamente porque chamam atenção por sua total desconexão com o que agora está sendo proposto. Osvaldo Biolchi, eleito com votos do PTB, é hoje um dos expoentes do partido na Câmara dos Deputados. Biolchi, depois de eleito com os votos conquistados em outro partido, ingressou no PMDB em 1999. Outro exemplo significativo é o do governador de Minas Gerais, Itamar Franco. Itamar, que é o melhor colocado nas pesquisas eleitorais do PMDB, já foi do partido; saiu e retornou. Daqui a alguns dias ou meses, poderá sair outra vez, dependendo do seu estado de espírito. Recentemente, durante o processo de definição sobre a realização de uma prévia, ameaçou deixar o PMDB caso os seus interesses não fossem atendidos.
Por último, convém lembrar que as questões eleitorais devem tramitar no Tribunal Eleitoral, e não no Tribunal de Justiça. Essa atitude demonstra, mais uma vez, que estamos diante da incoerência de uma cúpula partidária que, por ter perdido os argumentos, dá evidências de que também está perdendo o rumo.(Leia matéria sobre o assunto, intitulada:PMDB ingressa com ação para retomar mandatos de cinco deputados)
10/26/2001
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