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O estado de Santa Catarina registrou queda no turismo entre janeiro e fevereiro, em relação ao mesmo período do ano passado. A queda brusca é decorrente principalmente da ausência de turistas argentinos, nos quais vieram em número bem inferior ao do verão de 2001. Os empresários catarinenses do turismo deixaram claro que esta deve ser a primeira de uma série de temporadas com resultados piores do que os do recorde registrado no ano de 2001. Além da diminuição do fluxo de turistas argentinos, os empresários estão perdendo espaço entre os brasileiros também, pois em decorrência da desvalorização do peso e da crise da Argentina, ficou mais barato para os brasileiros irem para o país vizinho. Nos balneários mais dependentes dos argentinos como é o caso de Canasvieiras, em Florianópolis, as dificuldades de verão se estenderam e podem ser sentidas no comércio também durante a baixa temporada.
CEPAL critica a atuação do FMI frente a crise argentina
A demora do FMI em ajudar a Argentina e as condições cada vez mais rígidas para liberar empréstimos ao país foram criticadas ontem (07/05/02) pelo secretário-executivo da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), José Antônio Ocampo. O secretário-executivo considera fundamental um empréstimo para que os argentinos se recuperem e defende que a América Latina, liderada pelo Brasil, pressione o FMI a socorrer a Argentina. O G-7, o grupo dos sete países mais industrializados do mundo, já deu seu sinal verde a um plano de ação no qual o FMI está elaborando para ajudar a Argentina a sair da crise. O plano que esta sendo elaborado pela vice-diretora-gerente do Fundo, Anne Krueger, defende a adoção do livre mercado como saída para a crise da Argentina. As medidas do plano do FMI vão ao encontro das sugestões do G-7.
Impasse no comércio entre Brasil e Argentina
Foi encerrada ontem, em Buenos Aires, a nova rodada de reuniões entre representantes dos governos brasileiros e argentinos, para a operação denominada “limpeza da mesa” de pendência no comércio bilateral. Em contradição ao discurso político do presidente Fernando Henrique Cardoso e do ministro da Fazenda , Pedro Malan, de que a Argentina precisa ser ajudada rapidamente e de forma incondicional pelo FMI, os negociadores brasileiros endureceram e mostraram-se nada dispostos a fazer concessões ao país vizinho. Tanto a Argentina quanto o Brasil se mantêm intransigentes em diferenças sobretudo com relação ao acordo automotivo, setor no qual representa mais de 20% das trocas comercias no Mercosul. O governo brasileiro havia informado que estava disposto a aceitar o pleito dos argentinos, como uma espécie de concessão diante das dificuldades vividas pela Argentina, mas, alguns detalhes que representam muito dinheiro nas trocas bilaterais dificultam o entendimento entre os principais sócios do bloco.
05/08/2002
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