ODILES NEGA ACUSAÇÕES E DIZ QUE FOI EXECRADO PUBLICAMENTE
Odiles Souza afirmou que foi Leopoldino do Amaral quem desencadeou a campanha contra os membros do TJMT. Segundo o magistrado, as razões para as denúncias teriam sido, inicialmente, o fato do juiz ter se sentido preterido em algumas promoções. Mais recentemente, de acordo com o desembargador, o magistrado teria intensificado os ataques aos colegas de tribunal em virtude de uma investigação movida contra Leopoldino, a respeito de saques irregulares ocorridos na 2ª Vara de Família da comarca de Cuiabá, quando presidida por ele.
Respondendo a perguntas do relator da CPI, senador Paulo Souto (PFL-BA), sobre denúncias feitas por Leopoldino do Amaral de que teria feito viagens à fazenda de um narcotraficante na fronteira do Brasil com a Bolívia, o desembargador explicou que, nas duas vezes em que esteve na propriedade, não sabia que o dono do imóvel, Lúcio Salomão, tinha envolvimento com o tráfico de drogas.
Prosseguindo suas explicações sobre o caso, Odiles Souza disse que na primeira viagem que fez à fazenda, em uma caçada, não encontrou com Lúcio Salomão. Na segunda, à época ocupando a presidência do TJMT, ele viajou acompanhado do desembargador José Geraldo Rocha Barros Palmeira. Nesta ocasião, segundo afirmou, passou pela propriedade, a caminho da Bolívia, onde foi discutir um estreitamento das relações com autoridades daquele país, visando diminuir o fluxo de automóveis roubados na fronteira com o Brasil. O magistrado esclareceu que este fato ocorreu em 1987 e que somente dois anos após, com a prisão do fazendeiro, tomou conhecimento de seu envolvimento com o tráfico de drogas.
Indagado pelo presidente da CPI, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), se negociar com autoridades da Bolívia a ampliação do combate ao roubo de automóveis seria função de um magistrado, Odiles Souza disse que não. Sua intenção e a do desembargador Geraldo Palmeira, conforme explicou, era tentar diminuir o roubo de automóveis, já que ele acreditava que uma solução das autoridades competentes demoraria muito.
28/10/1999
Agência Senado
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