ONGS ESTÃO EM XEQUE NO PAÍS, DIZ LUIZ OTÁVIO



O senador Luiz Otávio (PPB-PA) afirmou nesta sexta-feira (dia 11) que as organizações não-governamentais (ONGs) "estão em xeque no país", pois mobilizam "um exército de 200 mil pessoas e manipularam mais de 1 bilhão de reais nos últimos 10 anos", sem prestar contas desses recursos. O parlamentar disse que tem um compromisso com o "desenvolvimento, a geração de empregos e a preservação ambiental na região amazônica", muitas vezes em confronto com a atuação dessas entidades.No entender do senador paraense, as ONGs são "odiadas por governantes mundo afora, por se intrometerem em assuntos de Estado". E, no caso brasileiro, elas estariam particularmente em xeque porque "têm se utilizado das fragilidades do Brasil em setores sensíveis como o desrespeito aos direitos humanos, a devastação da floresta amazônica, o genocídio dos índios e as chacinas de meninos e meninas de rua, para arrecadar milhões de dólares em doações no exterior".Luiz Otávio acrescentou que a maior parte desses recursos, no entanto, jamais chegou ao país. - Foram usados por essas ONGs internacionais para manterem a infra-estrutura de suas sedes na Europa e nos Estados Unidos. O senador citou avaliação do ex-embaixador do Brasil junto à União Européia, em Bruxelas, Jório Dauster, atualmente presidente executivo da Companhia Vale do Rio Doce, para quem somente 20 por cento dos recursos arrecadados por essas organizações em campanhas no exterior chegam ao Brasil.No Departamento Econômico do Banco Central, por outro lado, a justificativa para a falta de controle na entrada dos "ecodólares" no país é a de que não há motivos para contabilizar as divisas que entram no país nesse nível de detalhamento, disse o senador. "Por isso mesmo, as remessas são registradas como doações, com o dinheiro enviado pelos dekasseguis, por exemplo", explicou.Luiz Otávio destacou sua preocupação com questões como o narcotráfico, o contrabando e a atuação de instituições estrangeiras na área, ao mesmo tempo em que manifestou confiança na contribuição de hidrovias como as do Marajó, Araguaia-Tocantins e Capim para o progresso da região Norte.

11/06/1999

Agência Senado


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