Oposição do PMDB consegue quórum para mudar a prévia
Oposição do PMDB consegue quórum para mudar a prévia
A convenção extraordinária do PMDB, organizada pela ala oposicionista do partido, conseguiu quórum para aprovar as regras para a prévia de 17 de março, que deverá escolher o candidato do partido à presidência da República. A reunião foi presidida pelo deputado federal Cesar Schirmer (RS), que é vice-presidente nacional do partido.
Segundo Ayrton Sandoval, vice-presidente estadual do partido e responsável pela contagem geral, na hora da votação simbólica havia o registro e presença de 257 delegados. Para que essa convenção tivesse validade, o partido precisava do quórum de 255 delegados, ou seja, metade mais um dos 510 delegados do partido.
Foi ratificada a data da prévia para o dia 17 de março e aprovada a redução do quórum de 50% para 20% para a votação na prévia. Isso significa que dos 16 mil votantes, entre eles delegados, senadores, deputados e vereadores, 20%, ou seja, 3.200 votantes, terão de estar presentes para aprovar o candidato próprio.
Foram aprovadas também outras medidas relativas ao estatuto do partido, que rege a prévia. Existe a possibilidade de que a executiva nacional tome alguma medida contra a convenção realizada hoje
Roseana vai pedir para o PFL deixar o governo
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, pré-candidata do PFL à Presidência, atribuiu, por intermédio de sua assessoria, à "banda irada do PSDB que vive criando encrenca" a ordem para que a Polícia Federal invadisse a empresa da qual é dona, com o marido, Jorge Murad. Numa insinuação à participação do ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, na ação, ela continuou: "Eles se alimentam de criar tensão e discórdia e não sabem viver democraticamente com a base aliada." Roseana faria um pronunciamento em cadeia de televisão local ontem, para falar sobre o assunto. Chegou a iniciar a gravação, mas desistiu.
E toma corpo entre os políticos do PFL o raciocínio que liga a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de vincular as coligações estaduais à nacional com a ação da Polícia Federal na empresa Lunus Serviços e Participações, da governadora e de seu marido. Conforme documentos em poder do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, que apontavam indícios de envolvimento do escritório de Murad em esquema de lavagem de dinheiro, é que a PF fez uma ação de busca e apreensão na empresa.
O Coaf é dirigido por Adriane Senna, mulher do ministro Nelson Jobim, presidente do TSE. A cúpula do PFL interpreta como clara a relação entre a decisão do tribunal e a ação da PF. Tudo seria parte de um golpe para desestabilizar a candidatura de Roseana, beneficiando a do senador José Serra (PSDB). Argumenta-se que Adriane Senna foi quem recebeu os documentos sobre as empresas que seriam suspeitas de lavagem de dinheiro no exterior.
A governadora está mobilizando seus aliados para que o PFL adote uma posição firme em relação ao governo. Mas ela defende, por enquanto, somente a saída de seu irmão, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.
Na quinta-feira, após uma semana de contatos em Minas e Brasília, Roseana tentará convencer a executiva nacional a aprovar o afastamento conjunto do governo. Hoje, ela irá para Uberaba e Belo Horizonte, onde se encontra com a cúpula do PFL, políticos e empresários mineiros.
Yeda Crusius se declara candidata ao governo
A deputada federal Yeda Crusius declarou que é pré-candidata do PSDB ao governo do Estado nas eleições deste ano. Apesar de não ter feito a inscrição formal, Yeda disputará a vaga com o ex-vice-governador Vicente Bogo, que já oficializou sua participação. A decisão sobre o candidato deverá ocorrer até o final deste mês.
Em visita ao Jornal do Comércio
, na sexta-feira, Yeda adiantou que o partido não organizará prévias para a escolha do nome tucano ao Executivo gaúcho. "O candidato deverá surgir da negociação interna", explicou a deputada, que detém cerca de 10% dos votos nas pesquisas de opinião pública.
Sobre a determinação de Bogo de concorrer somente ao governo estadual, Yeda avaliou: "Devemos estar dispostos a ir para qualquer embate que o PSDB considere mais adequado ao crescimento do partido". Para ela, a candidatura não depende de vontade individual.
Lembrou, ainda, a necessidade de a legenda buscar os 70 mil votos do deputado falecido Nélson Marchezan. "A nominata federal é o que determina o tempo na TV e a distribuição do fundo partidário. Não podemos abdicar de bons nomes", afirmou.
Após a morte do correligionário, a parlamentar decidiu continuar o trabalho visando o crescimento do partido no Estado. "Serei a única deputada federal a cuidar de todo o Rio Grande do Sul", disse.
Acrescentou também que, depois da oficialização do novo presidente regional da sigla, prefeito Carlos Albuquerque, começarão as definições em torno de nomes. Albuquerque deverá ser aclamado presidente hoje, em reunião na Câmara Municipal de Porto Alegre, às 18 horas. Na oportunidade os tucanos gaúchos farão uma homenagem ao deputado federal Nelson Marchezan, recentemente falecido.
Prefeitos batalham por verbas para saúde e iluminação pública
Dois mil prefeitos devem desembarcar amanhã, em Brasília, para pressionar o Congresso Nacional a votar a emenda constitucional que prevê repasse de 22,5% da arrecadação com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para um Fundo Municipal de Saúde. A V Marcha a Brasília reunirá administradores municipais de todo o Brasil, que ficam na Capial federal até quarta-feira.
De acordo com Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), organizadora da Marcha, os prefeitos devem reunir-se com lideranças partidárias no Senado. Ziulkoski informou que o objetivo principal do ato é garantir que o Congresso aprovará, ainda neste primeiro semestre, matérias importantes para os municípios.
Além da CPMF, são elas as que tratam da retomada da extinta Taxa de Iluminação Pública nas cidades, da renegociação das dívidas previdenciárias, da responsabilidade sobre o transporte escolar e da alteração da legislação do ISS. Esta última pretende acabar com a guerra fiscal entre os municípios, pois além de incluir novos serviços, transfere a tributação para o local da efetiva prestação de serviços.
Os prefeitos também reclamam uma solução para os precatórios, que se constituem em despesas correntes que fazem parte dos orçamentos municipais sem que haja receitas suficientes para pagá-los. Isso, conforme Ziulkoski, prejudica as prefeituras no cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele informa que somente no Rio Grande do Sul, o volume de precatórios municipais ultrapassa a R$ 380 milhões.
O presidente da CNM, reafirma a intenção da entidade em cobrar novamente do Governo Federal a devolução imediata dos recursos retido dos municípios com origem no Fundo de Estabilização Fiscal. Os prefeitos solicitaram audiência com o presidente Fernando Henrique Cardoso e o ministro Pedro Malan. Ziulkoski destacou que as marchas anteriores caracterizaram-se pela pressão junto ao poder executivo. Agora, os prefeitos estão apelando para o Congresso Nacional para que se faça uma ponte com o governo.
Dois picaretas em Buenos Aires
O cinema argentino voltou a ganhar destaque nas telas com Nove Rainhas, filme que está ganhando uma nova temporada no Cine Santander Cultural. A história, ambientada nas ruas de Buenos Aires, acompanha dois picaretas que vivem de pequenos golpes e resolvem entrar numa jogada milionária. O problema é que esta empreitada precisa ser resolvida em poucas horas, colocando a dupla em contato com várias pessoas que talvez sejam diferentes do que aparentam.
Nove Rainhas, lançado em 2000, tem direção de Fabián Bielinsky e nos papéis principais estão os atores Ricardo Darín e Gastón Pauls. Elogiado pela crítica e com boa receptividade de público, a produção conquistou vários prêmios na América Latina, incluindo melhor filme no Festival de Lleida. As sessões no Santander Cultural são às 14h e 18h20min.
Preço da soja preocupa produtor
A baixa cotação da soja no mercado internacional preocupa os produtores no Rio Grande do Sul. A colheita, que inicia na metade deste mês nas lavouras gaúchas, ainda não colaborou para estimular a comercialização e mesmo a quebra prevista de 15,2% para a cultura não aquece os valores praticados atualmente. Segundo o levantamento divulgado na sexta-feira passada pela Emater, o preço médio da saca de 60 quilos de soja no Estado é de R$ 22,53. O valor é R$ 0,03 inferior à cotação da semana anterior.
"Os preços estão muito abaixo do esperado pelos produtores e no lugar de uma expectativa de alta, apenas prevemos uma estabilidade do atual cenário", analisa Irmfried Schmiedt, diretor comercial da Cooperativa Tritícola Mista Alto Jacuí Ltda. (Cotrijal), de Não Me Toque. Na área de ação da cooperativa, que abrange 10 municípios - 85 mil hectares semeados com soja - o preço médio da saca está em R$ 20,00. "No ano passado, o preço estava entre R$ 25,00 e R$ 28,00. O mercado internacional está muito deprimido e precisamos exportar o que não consumimos", lembra o dirigente. A previsão é de que a Cotrijal receba 5% menos soja em relação ao ano passado devido aos efeitos da estiagem. "O volume só não será menor porque a área plantada aumentou, senão a redução seria de 15%", constata Schmiedt.
De acordo com análises de especialistas, os preços no mercado externo se manterão muito próximos daqueles praticados na safra passada, tendendo para patamares um pouco inferiores em razão da projeção mundial indicar maior produção da oleaginosa e estoque de passagem levemente superior ao da safra antecedente. Na Bolsa de Chicago, as cotações da soja para março e abril recuaram, respectivamente, 1,86% e 1,73% entre os dias 21 e 28 de fevereiro. A produção mundial deve crescer 4,73% nesta safra, passando de 174,65 milhões de toneladas em 2000/01 para 182,91 milhões de toneladas em 2002.
Para Clairton Osmari, gerente financeiro da Cooperativa Agropecuária Alto Uruguai (Cotrimaio), de Três de Maio, os preços devem se manter baixos durante o período de pico de comercialização, entre os meses de abril e julho. "Embora as estimativas não sejam tão otimistas, só saberemos o real impacto no mercado quando a colheita for realizada e tivermos os números finais de quebra na produção", argumenta. Além dos baixos preços, a comercialização futura também está estagnada na região.
A lavoura gaúcha de soja encontra-se predominantemente em floração e enchimento de grãos (95%). A estimativa é de que o Rio Grande do Sul seja responsável por uma colheita de 5,44 milhões de toneladas, com rendimento médio de 1,6 mil quilos por hectare. As plantas das regiões mais afetadas pela estiagem, principalmente nas áreas de Santa Rosa e Ijuí, apresentam reduzido porte.
O assistente técnico regional da Emater, Dário Germano, informa que a quebra em função da seca nos 45 municípios que cultivam 660 mil hectares na região de Santa Rosa chega a 35% sobre a previsão inicial de produtividade, que era de dois mil quilos por hectare. "Como a soja é uma cultura rústica, esperamos que a chuva dos últimos dias diminua as perdas", completa Germano.
Com o incremento da área cultivada em todo o País e a expectativa de bons rendimentos da leguminosa no Centro-Oeste e no Paraná, que podem chegar a 2,9 mil quilos por hectare, a produção na atual safra nacional cresce 11,61% em relação ao período anterior, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O País deve colher 41,5 milhões de toneladas.
As exportações do grão devem crescer quase 15% sobre o ano anterior e chegar a 18 milhões de toneladas, enquanto as importações, neste ano, devem ficar em 450 mil toneladas, representando uma queda de 35,71% quando comparada com a safra 2000/01.
Artigos
Pequeno investidor e a poupança pelas ações
Mauro Giorgi
Em artigos anteriores já tinha abordado este tema da formação de uma carteira de ações para longo prazo, visando aposentadoria, estudo dos filhos ou uma diversificação de investimentos. Com a oferta de venda das ações da Vale do Rio Doce pelo BNDES, com a possibilidade de uso do FGTS, vejo uma demanda forte por parte do investidor brasileiro. Qual a explicação então para o nosso mercado de ações ser ainda incipiente perto da força da nossa economia? Informação.
Na venda das ações da Petrobrás e nesta venda das ações da Vale do Rio Doce, percebe-se a preocupação em informar todos os detalhes da empresa, de como realizar a compra e, principalmente, a característica de risco do mercado de ações. Então, o que o investidor precisa é sentir-se seguro do que está fazendo para dimensionar o seu risco. A Caderneta de Poupança segue sendo o investimento mais popular, não por aceitar baixas quantias nas aplicações, mas sim porque o investidor brasileiro conhece todas as regras. Se o investidor tiver acesso a informações que o coloquem a par de que com uma quantia de R$ 50,00 aplicada em uma determinada ação todo o mês pode fazê-lo ter uma poupança importante dentro de cinco anos, reinvestindo os dividendos, dentro de condições normais da economia, acredito que o mercado possa crescer de forma consistente e igual para todos. Este canal pode ser a internet, cada vez mais próxima do cidadão, com computadores já se tornando eletrodomésticos, e os estudantes os utilizando como ferramenta de estudos.
Assim, é importante o papel destas ofertas como estas da Vale do Rio Doce, mas não se pode depender, única e exclusivamente, destes fatos, e sim se deve, ininterruptamente, divulgar que a poupança pode e deve ser feita também pelas ações, sempre consultando especialistas nos diversos sites de corretoras e financeiros existentes. O investidor que está em uma faixa de idade entre 20 e 30 anos e tem mais propensão ao risco pode direcionar até 70% de sua poupança para as ações, porque tem mais tempo para o retorno e mais condições de arriscar. Na faixa de 30 anos a 40 anos a propensão ao risco já cai um pouco e pode direcionar entre 30% e 50% para as ações. Acima dos 40 anos, com mais obrigações, o investidor reduz o risco drasticamente e direciona até 20% para as ações. Com este pequeno quadro, com informações consistentes e boa assessoria, o investidor pode fazer crescer sua poupança de forma significativa no longo prazo. É importante o apoio da mídia nesta "caminhada" para divulgar e fazer crescer o mercado de ações e isto só será possível com muita informação e consulta a especialistas.
Colunistas
ADÃO OLIVEIRA
Dúvida
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve adotar uma interpretação mais flexível da verticalização das coligações. Partidos que não lançarem candidatos à Presidência da República e nem participarem dessas alianças terão liberdade para se associar com quem quiserem em cada um dos Estados. Esse entendimento deverá constar em uma das resoluções que o TSE publicará amanhã e poderá incentivar algumas legendas a concentrarem suas campanhas nos Estados.
Dúvida
Havia uma dúvida no TSE sobre a aplicação das novas regras de aliança. De acordo com o ministro Sepúlveda Pertence, que foi contra a vinculação das candidaturas, se o candidato não se lançasse na disputa pelo Palácio do Planalto, ele teria de ficar sozinho na eleição estadual. Apesar de restringir mais as possibilidades de coligação, essa interpretação não deverá prevalecer.
Maioria
O que deverá predominar é a opinião da maioria dos ministros do TSE. O ministros preferiram dar um entendimento mais aberto às novas regras. Se o partido não tiver candidato presidencial e não fizer parte de coligação pela disputa federal, ele poderá fazer alianças diferentes nos Estados, desde que, não se coligue com legendas que tenham apoiado candidatos diferentes à Presidência da República.
Caminhos
A sigla poderá apoiar informalmente um candidato ao Palácio do Planalto, mas não poderá aparecer na propaganda eleitoral, por exemplo. Quanto aos partidos que decidirem participar da eleição presidencial - seja com candidato, seja com apoio formal a outra sigla -, eles terão vários caminhos possíveis nos Estados. Poderão repetir a coligação federal (em parte ou totalmente). Poderão disputar os governos sozinhos. E poderão se aliar a uma sigla que não participar da eleição para o Planalto.
Inelegibilidade
Para defender a tese de que era necessária a vinculação das coligações estaduais à federal, o presidente do TSE, ministro Nelson Jobim, deu o voto mais longo da sessão secreta. Em seu voto, para provar a vinculação entre as esferas federal e estaduais, ele citou várias decisões anteriores da Justiça, dentre as quais a que tratou da inelegibilidade dos parentes de ocupantes de cargos do Executivo.
Circunscrição
Na ocasião, concluiu-se que o parentesco com o presidente da República alcançava qualquer eleição e o parentesco com o governador atingia as votações estaduais e municipais, mas não as nacionais. Segundo Jobim, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu, na ocasião, que a União inclui os Estados e o Distrito Federal e os Estados englobam os municípios. "É a teoria dos conjuntos, onde as circunscrições estaduais e municipal são um sub-conjunto da circunscrição nacional", afirmou o ministro.
Verticalização
"O vetor é no sentido da União para os Estados e Distrito Federal e dos Estados para os municípios", disse. "Ou seja, o que se passa na União condiciona o possível e o admissível nas demais esferas da federação", completou. Jobim entendeu que "admitir coligações estaduais assimétricas com a decisão nacional é se opor ao caráter nacional e à ação de caráter nacional que a Constituição e a lei impõem aos Estados". Ele acrescentou que a verticalização das coligações é o caminho para o fortalecimento dos partidos, como instrumentos nacionais da democracia brasileira.
CARLOS BASTOS
Simon e PMDB gaúcho saem vitoriosos
O senador Pedro Simon e o PMDB gaúcho saíram vitoriosos, ontem, com a realização da convenção extra do PMDB nacional, que conseguiu atingir o quórum de 257 delegados para deliberar. O encontro foi presidido pelo gaúcho Cesar Schirmer, que integra a executiva nacional do partido. Assim, os oposicionistas do PMDB conseguiram derrubar a exigência feita pela direção nacional do comparecimento de 50% dos peemedebistas com direito a voto na prévia do próximo dia 17. Sabe-se que haverá reação do comando nacional do PMDB, que está cooptado pelo governo para apoiar a candidatura do tucano José Serra. Agora, o senador Pedro Simon trabalha para vencer a prévia na disputa com Itamar Franco e Raul Jungmann, para, depois, ser oficializado candidato do PMDB à presidência da República na convenção nacional do partido, que deverá ser realizada em junho.
Diversas
Última
Continua a campanha para comprar a nova sede para o PT. Nesta segunda-feira, parlamentares do partido vão se reunir, na sede municipal de Porto Alegre, para debater as diretrizes do programa de governo. Neste encontro, os deputados estaduais e federais e a senadora do PT farão doações ao partido. O debate inicia às 19 horas, na Av. João Pessoa, 785.
FERNANDO ALBRECHT
Os donos da cidade
Empresário da zona norte da Capital acha que a questão do comércio informal ficou uma questão mais do que séria e não mais restrita ao Centro. Dá como exemplo a Assis Brasil, na frente do prédio onde o governador Olívio Dutra tem um apartamento. Os pedestres ficam espremidos entre os "frades" e os camelôs. Se não respeitam nem mesmo a calçada do governador, imaginem o cidadão comum.
J.J.Assis Machado/Divulgação/JC
Bienvenidos
O ambientalista Ari Quadros contou que uma família de amigos se surpreendeu positivamente com o tratamento dado pelas autoridades uruguaias aos turistas brasileiros inclusive na sinalização do lado de lá, eventualmente escrita em português. Mas bastou cruzar a ponte internacional sobre o rio Quaraí de volta ao País que já deu para ver as mancadas de português do nosso lado. Coisa do Dner, que passou desta para uma melhor, feliz ou infelizmente.
Até flanelinha...
Um executivo da área vinícola deixou seu carro, uma Toyota Hylux, aos cuidados de um flanelinha no Centro. Como só tinha R$ 5,00, perguntou se tinha troco. Tinha. E puxou três real
de um bolso escondido na bainha. Porque o esconderijo para o vil metal? Por causa dos assaltos, disse o flanelinha. Aliás, como previsto aqui, com a cédula de R$ 2,00 eles dobraram a mordida. Bom, tem aquela história que ladrão que rouba ladrão...
Problemas da cidade
O trecho da Borges de Medeiros entre a Ipiranga e a José de Alencar deve ser o único de uma rua ou avenida importante da cidade que não tem asfalto. Resulta daí que em dias de chuva, ou mesmo garoa, sucedem-se os acidentes especialmente na saída do viaduto. Os paralelepípedos parecem sabão. Virou pista de corrida e não existe ali nenhum limitador de velocidade ou pardal. Por que não tem asfalto?
Desleixo no chafa riz
Nota da página sobre a necessidade de o programa Cidade Viva fazer uma campanha educativa de porte para mudar os hábitos "porquinhos" da nossa população com relação ao lixo, garrafas pet etc., motivou carta de leitor dizendo que a prefeitura teria que dar o exemplo. E cita a bela Fonte Talavera, na frente do paço, cuja água está sempre parada e cheia de fezes dos pombos.
Assentamento, que assentamento? I
Policiais de Bagé, Delegacia de Candiota, Defrec e BM recuperaram 19 animais da Fazenda Ana Paula, nos assentamentos Seis das Acácias e 22 de Dezembro, de Candiota. Conforme o delegado de Polícia de Candiota, Sezefredo Lopes, a delegacia recebeu uma informação documentada de um dos assentados de Candiota. O agricultor externou a constante ameaça de morte que está sofrendo com alguns integrantes dos assentamentos, bem como sua esposa, que foi vítima de estupro.
Assentamento, que assentamento? II
Depois de efetuar as denúncias, o agricultor abandonou seu patrimônio e foi embora para evitar represálias. O assentado que estava com os animais disse que os trocou por uma moto. Em fevereiro, outros 13 animais da Ana Paula também foram recuperados do assentamento 8 de Agosto. Somente este ano foram furtadas 63 cabeças de gado da Ana Paula; em 2001 desapareceram mais de 100 animais, todos eles de alta linhagem e alto custo.
Overdose de multas
Para que não digam que só se fala das multas gaúchas: o deputado Renato Vianna (PMDB-SC) defendeu a urgente modificação no sistema de pagamento das empresas que operam a fiscalização eletrônica do trânsito nas cidades brasileiras. O Tribunal de Contas de SP considerou ilegal vincular a remuneração das empresas operadoras de radares à quantidade de multas pagas por motoristas. Lá, os operadores de radares móveis cobram entre R$ 21,38 e R$ 26,26 por multa aplicada.
Presidente do Citibank, Gustavo Marin, chega amanhã para a 19ª Copa Gerdau de Tênis, patrocínio do Citigroup.
Hospital Miguel Riet Corrêa Jr., de Rio Grande, recebeu do Ministério da Saúde tomógrafo para diagnóstico de câncer.
Carla Lubisco/Siciliano do Iguatemi lançam projeto para orientar sobre a forma ideal de segurar o livro.
Vereador Elói Guimarães (PTB) quer que o Itamaraty sugira à ONU que o dia 11 de setembro seja o Dia Internacional dos Bombeiros.
Revestimento em poliéster é exclusividade da Tecnotelha Cláudio Vogel, parceria com a Engenharia da Ufrgs.
PRT completou um mês de operações na coleta de lixo na Capital instalando ambulatório para seus 384 funcionários.
Errata: o nome correto do prefeito de Dom Pedrito é José Roberto Pires Weber.
Editorial
O EFETIVO INÍCIO DO ANO DE 2002
Diz o folclore popular que o ano começa, efetivamente, no Brasil, em março, após o carnaval. Pois, então, estamos, hoje, dando a largada oficial de 2002. Aulas, negócios, compras, vendas, dispensas e, mais ainda, contratações serão confirmadas neste março que tem mais fatos positivos do que negativos, embora a descrença da maioria, malgrado os fluídos favoráveis que pairam sobre a economia nacional. O PIB cresceu parcos 1,51% em 2001, ainda que a Bovespa tenha disparado 10% neste 2002. O ano eleitoral promete debates que o Tribunal Superior Eleitoral antecipou e colocou na agenda das coligações. Precipitadamente e beneficiando este ou aquele, segundo o enfoque político, o TSE quer que tudo fique igual, em Brasília e nos Estados, unidos os candidatos até que a derrota e a ambição pelo poder separem os partidos. Mas não é só isso, a dengue faz estragos no País, no turismo nacional e na candidatura de José Serra, mesmo que o fim do racionamento de energia compulsório a ajude, simultaneamente. Com a queda do rendimento salarial do trabalhador brasileiro em 3,1% o ano passado e a falta de empregos formais, a angústia que também inicia um novo ano ao nosso lado é a falta de colocação para milhões de jovens, em todos quadrantes do País. Não importa mais diploma superior, largar currículos em todos os lugares, baixar na escala hierárquica e salarial, aviltando-se, está difícil para a juventude encontrar um posto. Para os que passaram dos 40 anos, então, é quase impossível. A ordem em todos os setores é cortar custos e adequar-se à baixa demanda. A construção civil não dá conta do recado, dispensa mão-de-obra e os imóveis novos estão acima da capacidade de pagamento dos assalariados.
Neste setor, um contra-senso, quem pode assumir dívidas está numa faixa etária onde o seguro do financiamento é de 0,6%, encarecendo em R$ 300,00 a 500,00 a mensalidade. Os que estão começando a vida não conseguem apresentar renda suficiente para adquirir moradias classificadas, erroneamente, de "populares", apartamentos e casas na base de R$ 50 mil a R$ 70 mil, novos. São problemas que teimam em passar de um para outro governo, ou seja, Moradia, Saúde Pública, Educação, Inclusão Social e Empregos. Aliado a este panorama, a explosão demográfica, embora menor, continua a ser uma triste realidade entre as camadas pobres e miseráveis, que não sabem, não podem ou mesmo não querem evitar a gravidez anual, proles de 10 ou mais filhos, cujo futuro é inseguro, senão inexistente. Por isso é tão importante manter-se certos parâmetros de governo, o que se convencionou chamar de continuidade sem continuísmo, pensamento logo atacado por aqueles que julgam que esta é a apologia de manter o mesmo partido no poder. Não, não é. O que se chama a atenção é para o fato de que a austeridade fiscal, o superávit na balança comercial, a queda dos juros de maneira ordenada, a estabilidade da moeda e a inflação controlada são conquistas de estado, não deste ou daquele governante. As bazófias populistas não encontram mais guarida, frente à realidade dos fatos mundiais. A Argentina que tanto gritou "Fora FMI" agora apela, desesperadamente, pelos dólares do Fundo, que não mais virão, com a nova política de Bush, dinheiro com juros de 4% ao ano do FMI só para obras sociais, não para pagar despesas correntes. Enfim, se é mesmo hoje que inicia o ano, vamos todos ao trabalho e pensar em fazer, concretizar, participar, ajudar, refazer modelos, renovar propósitos, buscar novas metas para serem contabilizadas no próximo dezembro.
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03/04/2002
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