PMDB gaúcho faz esforço para dar "quórum" à prévia









PMDB gaúcho faz esforço para dar "quórum" à prévia
À beira de enfrentar a sua maior crise de identidade, o PMDB prepara-se para um enfrentamento interno que poderá resultar em discussões, inclusive judiciais, numa disputa entre os grupos que defendem a candidatura própria do partido à presidência e àqueles que preferem manter-se na base de apoio do presidente Fernando Henrique Cardoso e indicar o vice na chapa do governo. Hoje, acompanhado de lideranças do partido, Pedro Simon oficializa a sua participação nas prévias previstas para o dia 17 de março.

Com a ameaça da cúpula nacional da sigla de invalidar as prévias, caso ela não obtenha o quórum exigido de 50% mais um dos convencionais, ontem, numa reunião com senadores e deputados federais, os defensores da candidatura de Pedro Simon iniciaram o que consideram uma verdadeira cruzada para tentar reverter a essa regra que, segundo eles, deixaria o partido "a reboque" de outras legendas, gerando um grande prejuízo ao partido.

O encontro, realizado na residência do deputado Germano Rigotto, em Brasília, serviu para que o candidato Pedro Simon apresentasse suas propostas aos parlamentares e buscasse ampliar a base de aliados para a tese da candidatura própria e da realização da prévia. Estiveram presentes representantes das bancadas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso e Distrito Federal. Hoje a noite a reunião será com os parlamentares do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, entre outros.

Segundo Germano Rigotto, outras reuniões serão realizadas com o mesmo objetivo de cooptar apoios de lideranças do partido em todos os estados. Após, informa Rigotto, serão feitas visitas as diversas regiões brasileiras, onde Simon pretende consolidar a manutenção das prévias e a sua candidatura. Rigotto criticou a postura dos grupos que defendem o que chamou de "atrelamento do PMDB" ao governo federal. "A candidatura própria representa a defesa de um projeto para o país, que independentemente do sucesso eleitoral deverá balizar as ações do PMDB em todo o país ", projetou Rigotto.

Schirmer vê partido dividido no país
O presidente do PMDB gaúcho César Schirmer, afirmou ontem que o sucesso da mobilização dos grupos do PMDB que defendem às prévias e a candidatura própria do partido depende da articulação política dos demais Estados. "Aqui no Rio Grande do Sul temos a unanimidade pela candidatura própria, mas nos outros estados o partido está dividido", ressaltou.

Segundo Schirmer, não será fácil para o PMDB garantir o quórum necessário para validar a convenção extraordinária. Será preciso que 50% dos convencionais esteja presente ao encontro. Com isso será possível que os defensores da prévia cobrem, inclusive na Justiça, o cumprimento da decisão da maioria.

O presidente do PMDB gaúcho disse que a principal decisão a ser tirada na convenção extraordinária é a retirada da cláusula que valida a prévia com o quórum de 50% mais um dos convencionais de todo o país. Para Schirmer, existem dificuldades para que muitos convencionais se desloquem dos seus municípios de origem para as capitais, onde estarão se realizando as votações.

Germano Rigotto admite concorrer ao governo
O deputado federal Germano Rigotto, admitiu ontem que o seu nome poderá ser indicado ao governo do Estado, se essa for a vontade das bases do partido. Segundo o deputado, o nome natural ainda é o do senador Pedro Simon, que por sua condição de pré-candidato à presidência diz não pensar no Piratini. "Fora o nome de Simon, os demais devem surgir da discussão da bases", afirmou.

Para Rigotto, é premissa do PMDB gaúcho ter candidatura própria ao governo do Estado. No entanto, ele não descarta a possibilidade da formação de uma aliança, ainda no primeiro turno das eleições para o governo do Estado, que envolva o PDT e o PTB, partidos com os quais a executiva regional já iniciou conversações sobre o tema.

Em relação ao PPS, que abriga o grupo do ex-governador Antônio Britto, Rigotto entende que ainda existem seqüelas e feridas abertas dificultando uma aproximação. "Na a candidatura própria ao Piratini é o nosso principal objetivo para fortalecer a base do PMDB gaúcho que está organizado em todos os municípios, tem 139 prefeitos e 1.357 vereadores", ressaltou o deputado.


Será hoje o único debate aberto
Os dois pré-candidatos do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra e Tarso Genro, participam hoje do único debate aberto à imprensa dos cinco que o partido fará antes da prévia de 17 de março. Enquanto os concorrentes evitaram as críticas diretas nos últimos dias, os diversos grupos internos do PT vivem um clima de guerra eleitoral, com acusações mútuas, sinalizando que o consenso esperado pela direção nacional do partido tornou-se inviável.

Ontem, o item do manifesto divulgado pelos olivistas que se refere à defesa fragilizada e falsa do governo, caso o governador seja impedido de concorrer, foi retirado, mas o comitê pró-Olívio comunicou ao diretório que, sem chance de consenso, vai partir para uma campanha mais dura.

Nos próximos dias, Tarso terá que explicar porque chamou apoiadores de Olívio de "stalinistas" durante o Fórum Social Mundial, uma atitude que, acreditam, contraria a unidade partidária. Para o vereador Estilac Xavier, cabo eleitoral de Tarso, o discurso das correntes que defendem o governador é messiânico e prepotente. "Eles acham que o partido tem um só salvador e consideram-se donatários do PT", disse.


Supremo pode derrubar restrições a coligações
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) poderão derrubar uma eventual proibição de coligações diferentes na eleição deste ano. Pelo menos dois dos 11 integrantes do STF consideram que, pela emenda constitucional 4, de 1993, as regras para o pleito têm de ser mudadas com uma antecedência mínima de um ano da realização da votação. Para esses ministros, uma possível decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibindo os partidos de promoverem nos Estados alianças diferentes daquela firmada na campanha para presidente da República, violaria o princípio estabelecido na emenda constitucional.

No Poder Judiciário e entre os advogados, há um sentimento majoritário de que o TSE imporá a restrição aos partidos já a partir deste ano. A saída para os inconformados, de acordo com ministros do Supremo, seria encaminhar ao STF uma ação direta de inconstitucionalidade (adin) contra a resolução do tribunal eleitoral.


Cláusula de barreira ficou para 2006
Condenados a perder tempo de exposição no horário eleitoral, os pequenos e médios partidos políticos ganharam um fôlego do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os ministros revisaram na semana passada entendimento adotado em outubro sobre as chamadas cláusulas de barreira, que exigem um desempenho melhor das legendas como forma de garantir espaço na propaganda. O TSE concluiu que as novas regras valerão a partir da eleição de 2006 e não mais na deste ano, como tinham decidido anteriormente. A iniciativa de rediscutir o assunto partiu do próprio relator da consulta, ministro Garcia Vieira. Os integrantes do TSE reconheceram que houve um engano na interpretação de quando a regra entraria de fato em vigor.


Záchia acusa prefeitura de desvio de verbas para o sambódromo
O vereador Fernando Záchia (PMDB) quer que a prefeitura de Porto Alegre esclareça sobre a utilização dos recursos referentes ao projeto Entrada da Cidade, destinado à construção de casas populares, na Zona Norte da Capital. Ele suspeita que uma parcela das verbas seja desviada para as obras da pista de eventos, no bairro Humaitá.

Záchia disse estranhar o empenho de integrantes do Executivo para que o sambódromo seja instalado naquela região, mesmo com a mobilização de outras comunidades, como a Restinga e o Porto Seco.

O líder do PT na Câmara, Juarez Pinheiro, disse que as acusações são infundadas e eleitoreiras. Em reportagem publicada no Jornal do Comércio do dia 25 de junho do ano passado, o secretário municipal de Captação de Recursos, Aldino Dick, garantiu que não há a menor hipótese dos recursos serem desviados. "As verbas para a pista do carnaval estão garantidas desde 1995", afirmou.
O projeto Entrada da Cidade prevê o assentamento de três mil famílias em 22 loteamentos e um investimento total de US$ 55 milhões, destinados pelo governo federal e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).


MST desocupa prédio do Incra em Porto Alegre
Pelo menos 400 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST/RS) que invadiram o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na avenida Loureiro da Silva, em Porto Alegre decidiram em assembléia deixar o local ontem à tarde. Os agricultores também vão desmontar o acampamento ao lado do prédio, no terreno do Centro Administrativo Federal. O grupo que estava na área desde o dia 22 de janeiro deverá se dirigir a 19 acampamentos no Interior.

O movimento concedeu um prazo de 30 dias para que o Incra cumpra suas reivindicações, especialmente a retomada de vistorias em fazendas no Estado e o cumprimento das metas de assentamento. Durante a assembléia os sem-terra fizeram um ato simbólico em protesto ao que consideram lentidão no processo de reforma agrária no Estado. Eles empossaram uma tartaruga como superintendente do Incra.

Um dos coordenadores do MST, Ailton Croda, informou que a invasão foi um protesto contra a demora do Incra em responder à pauta de reivindicações que foi entregue no dia 29 de janeiro. Os agricultores reivindicam o cumprimento da meta de assentamentos de 2001, a retomada das vistorias de terras, cadastramento e assentamento de todas as famílias acampadas e distribuição de cestas básicas.

Na manhã de ontem, a sala de espera da superintendência do Instituto foi usada pelos manifestantes para atividades como música e dança. No prédio, funcionam a Superintendência Estadual do Incra e a Delegacia do Ministério da Agricultura.

Funcionários e diretores do Incra e Ministério da Agricultura deixaram o prédio invadido.

O superintendente estadual do Incra, Jânio Guedes Silveira, contestou as afirmações do MST. Ele disse que a crítica não procede porque os itens da pauta de reivindicações foram respondidos e ficou pendente apenas a entrega de cestas básicas. Sobre a meta de 2001, Silveira disse que foram assentadas 1.826 famílias no Estado, abaixo da previsão de 2,5 mil.


Artigos

O Investidor Brasileiro e o Dividendo
Mauro Giorgi

O assunto desta semana é um ponto que sempre desperta a dúvida e a desconfiança do investidor: o dividendo, se ele é importante ou não na hora de se comprar uma ação ou na formação de uma carteira de ações. O dividendo é a parcela do lucro da empresa distribuída para os seus acionistas. Este dividendo é tributado na fonte, o que deixa o Brasil em desvantagem com o resto do mundo, pois já que o lucro da empresa é tributado porque outro imposto na hora da distribuição? Este é um dos fatores, além do que colocarei abaixo, que sempre desestimulou o investidor a comprar ações pensando no dividendo.

A nossa cultura inflacionária impediu nas décadas de 80 e parte da de 90, de se estudar o dividendo pago pelas empresas na hora da compra das ações. Assim o que se queria saber era se a ação subiria mais do que a inflação "galopante" que vivíamos na época. Com a entrada do Plano Real, a estabilidade da moeda, e a preocupação constante do governo com a inflação, o dividendo foi aos poucos retomando seu devido lugar, e hoje vemos até Fundos de Investimentos baseados em ações que distribuem boa parte de seus lucros. Mas como fica o pequeno investidor? Bem o primeiro ponto que deve ser observado, como sempre, é o prazo do investimento. Isto é, se for superior a um ano, o dividendo deve ser levado em consideração, então partirei deste prazo. Definido o prazo, o investidor deve ter em mente que o reinvestimento do dividendo na compra de mais ações é quase sempre um bom negócio, mas se ele não fizer isto deve levar em consideração estes recursos como parte de seu lucro que está sendo retirado antecipadamente. Quando se trabalha com prazos longos deve-se sempre observar parâmetros, para poder comparar rentabilidades. Assim estes raciocínios acima valem somente para períodos estáveis, de baixa inflação.

Um bom exemplo de empresas que pagam bons dividendos e que tem importância no investimento em ações estão os bancos Itaú e Bradesco. A distribuição é mensal, e duas vezes por ano há uma complementação conforme o lucro do período. Assim um investidor que resolver fazer investimentos constantes nestas duas ações, poderá a partir do segundo mês contar com recursos extras para serem reinvestidos e maximizar sua rentabilidade. O dividendo terá a cada ano que passa uma importância maior, já que se observa a preocupação do governo com a inflação, fazendo com que a distribuição do lucro seja real e conte na valorização das carteiras de ações.

Analista da Novação Corretora de Câmbios e Valores


Colunistas

ADÃO OLIVEIRA

Proibição
Conexão Brasília
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estão divididos e inseguros quanto à possibilidade ou não de os partidos promoverem nos Estados alianças diferentes daquela firmada na campanha para presidente da República. Até a eleição passada, as legendas podiam fazer coligações diferentes, pois o TSE não impedia essa prática. Apesar de a lei não ter mudado, essa regra pode ser revista porque o tribunal será obrigado a se posicionar nos próximos dias sobre o assunto.

Proibição
A discussão foi provocada em agosto pelo líder do PDT na Câmara, Miro Teixeira (RJ). Segundo o parlamentar, a mudança proporcionaria a existência de partidos verdadeiramente nacionais. Nenhum dos sete ministros que integram o TSE aceita falar sobre tendência para o julgamento, que não será público e deverá ocorrer na quinta-feira. Mas conforme ex-integrantes do tribunal, alguns fatores levam à expectativa de que o TSE proibirá as coligações diferenciadas. "Vai ser o fato mais importante desta eleição", prevê um ex-ministro.

Molde
Um dos episódios lembrados pelos especialistas é de que, em novembro do ano passado, o TSE já teria estabelecido um "pequeno molde" para o pleito. Os ministros concluíram que "existente coligação majoritária, não é admissível a inclusão, na coligação proporcional, de partidos estranhos à coligação majoritária".

Independente
Relator das instruções para a eleição de 1998, o ex-ministro Eduardo Alckmin disse que, em sua opinião, as coligações são independentes. Primo do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o advogado lembrou que da eleição passada para esta a Lei Eleitoral não mudou. Mas ele reconhece que é possível o tribunal modificar um entendimento.

Balbúrdia
Para outro ex-ministro do TSE, a mudança em pleno ano de eleição causaria uma "balbúrdia". "Se a Constituição Federal prevê que a legislação tem de ser mudada com pelo menos um ano de antecedência, o mesmo deve ocorrer com os entendimentos da Justiça Eleitoral", explicou.

Recurso
"Muitos partidos já fizeram coligações para a eleição deste ano e outros estão na iminência de fazê-lo: se isso mudar agora, vai causar uma insegurança." Por isso, ele acredita que as coligações diferentes somente devem ser proibidas a partir da pr óxima eleição. Caso contrário, o ministro prevê que certamente será encaminhado um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Saída
Outro ex-ministro do TSE disse que o tribunal deveria adotar uma saída diplomática. Ao invés de responder à consulta, deveria afirmar que o assunto envolve matéria legal e que tem de ser regulamentado por lei aprovada pelo Congresso e discutida com os partidos. A demora na decisão e a indefinição no TSE estão causando ansiedade entre os políticos. Ontem, estiveram com Nelson Jobim os líderes do PCdoB, PT, PSB, PDT, PL e PPS.

Pressão
Mas um ministro do Supremo disse que a pressão de parlamentares provoca no TSE um sentimento de auto-afirmação e não de colaboração. Antes da Justiça Eleitoral, a proposta de verticalização das coligações - proibição de alianças diferentes - já tinha sido debatida por líderes de todos os partidos. A discussão ocorreu em 1994, mas, como conclusão, foi mantida a possibilidade de alianças diversas.


FERNANDO ALBRECHT

Na festa da Asdep...
Um jantar promovido pelo presidente da Associação dos Delegados de Polícia, Leão de Medeiros, reuniu delegados, jornalistas, políticos e o técnico Luiz Felipe Scolari, antigo amigo da classe. Foi levado pela mão do delegado Ben Hur Marchiori, o Sérpico. Leão garantiu que a entidade é pé-quente, citando personalidades que lá estiveram antes de pisar na calçada da fama, como a senadora Emília Fernandes (PT-RS), o deputado Sérgio Zambiasi e o próprio Felipão.

...a fala de Felipão
Às vezes brincalhão, outras sério, Felipão não se furtou em falar sobre a Copa do Mundo. Sua expectativa é que ficaremos entre os quatro primeiros ao final. Pelos seus cálculos, a seleção enfrentará França ou Argentina. Quando falou "França" deu para notar que ele não tem ilusões sobre a pedreira. Quanto a Romário, fez um comentário meio sério meio brincalhão, afirmando que "é caso para estudar com carinho". Enfim, foi uma festa que há muito não se via na Asdep.

Novo secretário
O prefeito de Canoas, Marcos Ronchetti (PSDB), já divulgou o nome do responsável pela nova Secretaria para Assuntos da Segurança Pública que está sendo criada. É ele o delegado Ben Hur Marchori, um dos policiais do primeiro time que deixaram a ativa após atritos com a Secretaria de Segurança. Ben Hur tem larga folha de serviços prestados na Polícia Civil.

Inquietação socialista
Quem também andou na festa dos delegados foi o veterano socialista Fúlvio Petracco, que esta página já chamou de avis rara da política nacional por estar há 40 anos no mesmo partido, o PSB. Nem por isso Petracco anda lá muito satisfeito com os rumos imprimidos pela cúpula à sigla socialista. Brincando ou não, disse que pode disputar a candidatura a governador pela legenda.

Cadastro de celulares
O deputado Francisco Appio (PPB), da Comissão Especial de Segurança Pública, afirmou que a sua prioridade será o projeto que obriga o cadastramento dos telefones pré-pagos no Estado, "já que o celular pré-pago não cadastrado tornou-se uma ferramenta do crime organizado". Há dias esta página informou que a Telet já tem cadastrados 50% dos pré-pagos. Não é mais, diz Márcio Ramos, diretor da empresa, porque as pessoas não preenchem as fichas porque ninguém as obriga a tanto.

Arauto & Heinecken
A Arauto Publicidade anexou a Heinecken ao seu portfólio de clientes. A agência foi escolhida para atender ações e eventos promocionais e merchandising da consagrada cervejaria. A Arauto fica responsável pela execução dos projetos para os três estados do Sul. Outra novidade: a Job&Hervé passa a atender as marcas próprias do Sonae.

Escola do crime
Por volta das 13h de ontem na esquina da Borges com a Ipiranga, quatro meninos com idades não superior a 10 anos arrancaram um objeto de uma senhora que aguardava abrir o sinal. Todo santo dia os minipivetes fazem das suas naquela esquina do shopping. E aí, fazer o quê?

A cobrança de Jair
O fechamento de mais uma indústria calçadista, a unidade da Paquetá que mantinha 540 vagas em Nova Petrópolis, levou o deputado da região, Jair Foscarini (PMDB) a comentar que aumentam as consultas dos empresários sobre o destino de R$ 700 milhões que o Piratini anunciou ter investido como incentivo, em três anos no setor coureiro-calçadista. Foscarini solicitou que o governo discrimine a aplicação de tal verba.

Marinho desabafa
O colunista Azul Marinho Castilhos envia um contundente (e comovente) desabafo sobre a insegurança pública. Fala de cátedra: foi vítima de dois violentos assaltos em curto espaço de tempo. "Venho pedir-lhes, por favor, preciso falar e dizer o quanto somos submetidos à indiferença e o quanto de impunidade paira no que chamamos de ar puro dos pampas". Marinho não quero sentir mais "o cheiro de pólvora do cano de um revólver apontado na minha cara".

Jardim do Salso
Com relação às queixas dos moradores do Jardim do Salso a prefeitura assegura que realiza uma série de obras, como a Central de Entulhos; que a coleta de lixo é feita três vezes por semana, e que a cada 15 dias há remoção de focos de lixo. Nos dois arroios é mensal a limpeza. Queixa-se da falta conscientização dos moradores com relação ao lixo. Por fim, reconhece que na questão dos terrenos baldios o trabalho deveria ser melhor.

Câmara Brasil-Chile promove dia 11 na Leopoldina palestra de Paulo Rocha (Brazilian American Chamber da Flórida).

RTI formaliza amanhã às 11h sua participação no novo Hospital da Criança Santo Antônio.

Saiu o novo Guia de Ruas de Porto Alegre, útil publicação da Livraria do Globo.

Antigüidades Européias, de André Guarisse, é um belo brinde da Fundação Freitas de Siqueira.

Alfamídia, único centro de treinamento oficial Macromedia, Adobe e Corel RS, firmou parceria com a CGK.


MoviMente/Iguatemi promovem hoje e amanhã comemoração ao Dia do Idoso com o Viva Bem a Terceira Idade.

Jornalistas Gerson Brizolara e Letícia Marchetti estão na ONG Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/POA.

Rotary ocupa hoje às 14h a tribuna popular da colenda para falar das suas ações.


Editorial

AS PERDAS COMERCIAIS GAÚCHAS

A notícia de que o Rio Grande do Sul perdeu a condição de vice-liderança de estado exportador, posição que mantinha desde o ano passado, devido à brutal queda de 76% das exportações para a Argentina, decididamente não é uma novidade diante da qual se possa ficar impassível. A análise dos números divulgados oficialmente pela Sedai não deixa margem a dúvidas de que estas perdas foram não só brutais como também irreversíveis no curto e médio prazo. A situação do vizinho país dispensa comentários, a não ser a lamentação geral do ponto a que pode chegar a situação econômica e financeira de um país que se deixou seduzir pelo populismo, pelos gastos desenfreados e pelo engessamento cambial. Isso é curto e certo. Mas que lição poderemos nós gaúchos tirar deste dia aziago?

Em primeiro lugar, salta aos olhos que dependemos em demasia dos argentinos para vender nossos produtos. O percentual em princípio até que pode não ser muito alto - 10% das nossas vendas externas vão para lá - mas existem outras informações que mostram igualmente que dependemos demais da América Latina, uma vez que as vendas para o Uruguai igualmente caíram em 38% e para o Chile em 20%. Tudo somado, o Estado perdeu 10,5% das vendas em janeiro.

O interessante é que o superávit comercial gaúcho cresceu 44% em janeiro devido à retração nas importações. Bom? Nem tanto. Ensina a experiência que um negócio só é bom quando é bom para as duas partes. Assim, tanto precisamos vender nossos produtos no exterior quanto comprar de lá produtos e insumos pa ra nossa produção. O que temos é uma lição, que é muito antiga, a aprender. Essa lição diz que é preciso colocar os ovos em várias cestas em vez de uma só. Se isso é facilmente compreensível, é sem dúvida difícil reverter este quadro e ter condições para que tenhamos mais cestas. Potencial temos, mas e daí? A questão das exportações das nossas pedras preciosas in natura - dizem os especialistas que não existem pedras semi-preciosas - está sendo revertida aos poucos, apenas para dar um exemplo da necessidade de se produzir produtos com maior valor agregado. Em suma, é imperioso para o Rio Grande do Sul que seu parque industrial, seus bens e serviços e o próprio turismo encontrem outros mercados. Já fizemos isso no final dos anos 60 e início dos anos 70, quando uma crise calçadista levou pioneiros a procurar com sucesso mercados outros, caso dos europeus. O resultado foi uma impressionante onda de progresso no Vale do Sinos. Não só os calçadistas, como outros setores também trataram de procurar novos destinos. Esta tarefa não foi e nunca será fácil, mas o Estado possui algo que é um dos maiores argumentos de venda que podem existir mundo afora: a excelência da mão-de-obra, a qualidade indiscutível dos nossos produtos e nossa tradição. Não cabe outro resumo que o velho e bom brocardo:"mãos à obra".

Frases
É necessário o debate sobre os reflexos da renúncia de Tarso Genro passados apenas um ano e quatro meses de sua posse na Prefeitura da Capital. (Laerte Méliga (foto), chefe de gabinete do governador Olívio Dutra criticando a decisão de Tarso Genro em disputar as prévias do PT para o Palácio Piratini).

As correntes que defendem Olívio conservam um discurso prepotente, acham que o partido tem um só salvador, e consideram-se donatários do PT. (Vereador Estilac Xavier,sobre a mesma disputa).

Já declaramos guerra aos subsídios no Catar durante a reunião da OMC (em novembro de 2001). E essa guerra continua. (Ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, anunciando ações contra os EUA por subsídios à soja e algodão e às barreiras ao açúcar na União Européia e Chile).

Ela é frágil. A hora que vierem à tona os envolvimentos dela e da família, certamente ela ficará com vergonha de andar em público. (Governador Anthony Garotinho justificando a crença de que Roseana Sarney vai desistir da eleição à presidência da República).

Conheço, mas espero que a opinião pública tome conhecimento por meio de outros candidatos. (Garotinho respondendo se conhecia os envolvimentos de Roseana e da família Sarney).

Acho muito difícil que os interesses internacionais, a plutocracia brasileira, os interesses financeiros que estão tendo o maior lucro dos últimos 55 anos e a oligarquia brasileira que anda cevada na fisiologia e na corrupção impune se exponham ao risco de perder uma eleição saindo divididos. (Candidato Ciro Gomes (PPS) considerando improvável que o governo apóie José Serra e Roseana Sarney).

Personagem
Batalha de palavras
O principal executivo da Enron, Jeffrey Silling desafiou ontem a Comissão de Comércio, Ciência e Transportes do Senado dos EUA, em Washington, com uma batalha de palavras e um relato de conflitos para tentar explicar as questionáveis práticas financeiras que levaram a gigante de energia ao espetacular colapso.


Topo da página



02/27/2002


Artigos Relacionados


Oposição do PMDB consegue quórum para mudar a prévia

PMDB adia prévia para 17 de março

Comissão prepara sucessão no PMDB gaúcho

PMDB gaúcho rejeita apoio a Serra

Prévia gera divergência no PMDB

PMDB amplia eleitores da prévia