Osmar Dias considera severa a punição ao Coritiba e propõe transferência do STJD para Brasília



O senador Osmar Dias (PDT-PR) informou em discurso nesta quarta-feira (16) estar estudando alternativas para obrigar legalmente a transferência do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), atualmente sediado no Rio de Janeiro (RJ), para Brasília (DF), onde estão todos os outros superiores tribunais. Na opinião do parlamentar, a instituição trata com diferença os times do Rio de Janeiro e dos outros estados do país, e Brasília seria "campo neutro".

Para ele, isso explica a "rigidez" da pena aplicada pelo STJD contra o clube Coritiba, do Paraná, em virtude da invasão de campo, briga e quebra-quebra ocorridos em jogo contra o Fluminense no início de dezembro, ao fim do empate que rebaixou o time paranaense para a série B do Campeonato Brasileiro. O clube não poderá utilizar o seu estádio nas próximas 30 partidas em competições nacionais, além de pagar multas que somam R$ 610 mil.

Osmar Dias comparou a punição ao Coritiba à que sofreu o clube Vasco da Gama, em 2000, quando em uma disputa na final do Campeonato Brasileiro, com o São Caetano, o alambrado do estádio caiu, 200 pessoas ficaram feridas e o campo foi invadido. O time não foi punido pelo STJD com suspensões e o jogo problemático foi remarcado para o mesmo estádio alguns dias depois. O Vasco se sagrou campeão brasileiro na ocasião.

Osmar Dias, que disse não torcer pelo Coritiba, afirmou que as suspensões afetam os curitibanos, o que para ele é injusto. O senador, por outro lado, defendeu punição severa para os torcedores que comandaram as agressões no estádio Couto Pereira, em Curituba, causando ferimentos em pelo menos 17 pessoas, sendo duas em estado grave.

- Tem que mudar o tribunal para cá [Brasília] e o tribunal tem que rever essa punição ao Coritiba, porque ele vai ficar mais de um ano sem poder mandar jogos. É um estádio centenário, um estádio que é, sem dúvida nenhuma, um dos ícones da cidade de Curitiba - disse.

Em aparte, os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG) apoiaram a sugestão. Eduardo Suplicy (PT-SP) também criticou a punição aplicada.

16/12/2009

Agência Senado


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