Osmar Dias pergunta a Arruda se ACM sabia de possibilidade de violação do painel eletrônico
No depoimento ao Conselho de Ética, nesta sexta-feira (dia 27), Arruda também sustentou ter conversado com o ex-presidente do Senado sobre a possibilidade de servidores do Centro de Informática e Processamento de Dados (Prodasen) terem acesso ao resultado da votação. E garantiu ter saído desse encontro com a "incumbência" de consultar a então diretora do órgão, Regina Borges, em nome do senador Antonio Carlos, sobre esse risco de vazamento.
"Nossa preocupação era com a segurança do sistema", afirmou Arruda. Ainda em resposta a indagações de Osmar Dias, o ex-líder do governo disse não saber de outro episódio de violação do painel eletrônico e considerou que o sigilo de voto previsto no Regimento Interno deve valer tanto para o registro por computador quanto por cédula.
Arruda também confirmou ter lido e visto o senador Antonio Carlos ler a lista de votação, mas se disse sem condições de assegurar o mesmo em relação aos servidores do Prodasen que a imprimiram. Ao concluir sua intervenção, o senador Osmar Dias considerou fundamental a acareação entre José Roberto Arruda, Antonio Carlos Magalhães e Regina Borges no Conselho de Ética, diante de contradições em seus depoimentos. Na ocasião, o presidente do colegiado, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), informou que Regina Borges já estava organizando o registro de quebra de seu sigilo telefônico para enviar as informações ao Conselho.
27/04/2001
Agência Senado
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