OSMAR DIAS REBATE CRÍTICAS DE FHC AO CONGRESSO
Osmar Dias respondeu às críticas explicando que o crescimento da dívida pública suplantou todas as previsões, chegando a 50% do PIB e que a política econômica do governo não tem tido a ousadia suficiente para promover o desenvolvimento. "Como gerar empregos? O governo se atolando em dívidas?", questionou. O senador, no entanto, reconhece que o presidente, "de certa forma" tem razão ao criticar a lentidão nas votações e lembrou que há quatro anos e meio o Congresso Nacional debate e não vota a reforma tributária que está na Câmara dos Deputados.
- E quando vier para o Senado, teremos pouco tempo para examinar. Seremos obrigados a aprovar o que vier da Câmara sem fazer qualquer modificação, senão a reforma terá que retornar para a Câmara. De acordo com os prazos regimentais, será praticamente impossível que a reforma tributária vigore no ano 2000, como pretende o governo - assinalou o senador.
O senador Lúdio Coelho (PSDB-MS) também acredita que FHC possa ter "alguma razão", pois a falta de regulamentação do comportamento da administração pública é de responsabilidade do Congresso Nacional. O senador defendeu uma reforma do Legislativo e não apenas do Judiciário e do Executivo. Mas para ele, a questão principal é que o governo continua gastando mais do que arrecada. Não adianta falar em saúde de primeiro mundo com renda de terceiro", exemplificou.
O senador Ramez Tebet (PMDB-MS) disse que o setor produtivo da sociedade brasileira precisa saber o rumo que o governo quer dar à economia. "Não existe clareza por parte do governo", afirmou. Segundo o senador, os problemas estão aflorando e quem viaja pelo interior do país, percebe facilmente a insatisfação de quem quer produzir e não sabe o que fazer.
Osmar Dias apelou ainda para que a subcomissão que estuda a reformulação da Resolução 78 - que estabelece regras e parâmetros para o endividamento dos estados -, não faça qualquer alteração apenas para atender a estados que querem se endividar e não conseguem com as regras atuais. "Aí não dá! Senão vamos revogar as atribuições do Senado e da Comissão de Assuntos Econômicos de autorizar ou não o endividamento dos estados", explicou o senador.
13/09/1999
Agência Senado
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