OTONIEL DEFENDE FINANCIAMENTO ESTÁVEL PARA SAÚDE



O senador Otoniel Machado (PMDB-GO) defendeu hoje (dia 21), durante a homenagem ao Dia do Médico, como "melhores soluções para a saúde brasileira" a implementação de programas específicos de combate à fome, bem como a definição de uma fonte de financiamento estável para esse setor. No seu entender, não só os médicos e cidadãos, mas, principalmente, os parlamentares têm o dever de exigirrapidamente a execução dessas medidas pelo governo federal.

- Precisamos continuar com nossa batalha sem tréguas para conquistar uma política de saúde que de fato atenda às necessidades de nosso povo. São crianças, adultos e idosos das camadas mais pobres que estão morrendo nas filas dos hospitais porque faltam médicos, remédios, leitos e, acima de tudo, falta justiça social - enfatizou o senador, chamando atenção para a situação crítica em Goiânia, onde a ausência de equipamentos e vagas nas UTIs já levaram muitos pacientes à morte.

Além do problema da superlotação dos hospitais, o senador considerou outro "entrave que vitima a saúde pública" os baixos salários dos médicos, que se vêem obrigados a adotar o multiemprego para garantir a própria sobrevivência. De acordo com dados apresentados pelo "Perfil dos Médicos no Brasil", mais de 75% dos profissionais de medicina têm até três atividades e 24% representa a porcentagem dos que têm quatro ou mais empregos.

Otoniel Machado ressaltou a disparidade entre o número de médicos que exercem suas atividades nas capitais e os que atuam no interior. De acordo com o senador, a disposição dos profissionais no país não acompanha, na mesma proporção, a distribuição populacional. As capitais contam com 65% dos profissionais, o que equivale à relação de 3,28 médicos para cada grupo de mil habitantes, entretanto, no interior essa proporção cai para 0,53.

Em aparte, o senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) defendeu a implementação de política preventiva para a saúde pública do país, que conta, hoje, apenas com a medicina curativa.

O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães associou-se às homenagens prestadas ao Dia do Médico, enfatizando a importância do papel "daqueles que fazem da medicina um sacerdócio atendendo aos mais carentes".



21/10/1997

Agência Senado


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