Pacote econômico decepciona e crise argentina se agrava
O mercado financeiro reagiu com desagrado ao anúncio da reestruturação da dívida pública argentina e do estímulo ao consumo, feito anteontem à noite pelo presidente Fernando de la Rúa.
A impressão geral era a de que faltam muitas informações sobre o processo, assim como o acordo de redução de gastos entre as províncias e o governo central. Analistas de Wall Street receberam o pacote com ceticismo.
"O novo plano deverá empurrar o país para o abismo", disse o diretor de pesquisa da BCP Securities, Walter Molano.
Para um integrante do Governo brasileiro, a operação é, na verdade, uma moratória com nova roupagem. Os banqueiros argentinos não se manifestaram, o que foi interpretado como uma crítica silenciosa.
Mas o presidente da União Industrial Argentina, Ignácio de Mendiguren, afirmou que, se as medidas anunciadas tivessem sido aplicados há dois anos, "100 mil pequenas e médias empresas não teriam falido".
A Bolsa de Buenos Aires caiu 2,84% e a taxa de risco do país passou de 2.295 pontos para 2.441 pontos. (pág. 1, B1 e B4)
O anúncio é apenas "institucional" e não financeiro, de acordo com o ministro da Defesa, Geraldo Quintão.
Pela nova estratégia de apoio à indústria de defesa, quando qualquer representante do Ministério da Defesa viajar para o exterior, incluirá em sua comitiva empresários do setor. (pág. 1 e A8)
Soldados da Guarda Costeira e helicópteros patrulham as quatro pontes visadas, entre elas a Golden Gate, cartão-postal da cidade de São Francisco.
O presidente George W. Bush voltou a afirmar que a guerra não é contra o Islã, mas contra o terror. (pág. 1 e A16)
Para Bill Gates, foi "justo". Para analistas de Wall Street, foi uma vitória da Microsoft. (pág. 1 e B11)
Analistas do setor vêem na decisão um esforço da empresa, que tem dívidas de US$ 350 milhões, para melhorar o fluxo de caixa. (pág. 1 e B8)
Em despacho de oito páginas, ele acolheu recurso da emissora e cassou liminar concedida na quarta-feira à Globo. (pág. 1 e A14)
EDITORIAL
"Um erro grave" - A decisão do ministro Marco Aurélio Mello, de determinar o pagamento dos salários dos professores federais em greve, é seríssima, porque, se prevalecer o seu entendimento no julgamento do mérito da questão, será criada nova figura no direito brasileiro: a greve remunerada. (pág. 1 e A3)
11/03/2001
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