Padilha sugere união com o PDT



Padilha sugere união com o PDT Acha que dissidência ocorrida no PMDB facilita reencontro dos partidos e defende Simon ao Piratini O ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, afirmou ontem, em Porto Alegre, que a recente dissidência ocorrida no PMDB tornou mais fácil a aproximação do partido com o PDT. 'Vejo como natural e conseqüente essa relação, pois ambos tiveram a mesma origem histórica e matriz ideológica e têm todas as afinidades necessárias ao reencontro. Os óbices que haviam já foram removidos', avaliou. Padilha disse concordar com a candidatura do senador Pedro Simon ao governo do Estado, salientando estar pronto para trabalhar na campanha. 'Simon terá de mim apoio para qualquer que seja a sua iniciativa: concorrer ao Palácio do Planalto ou ao Piratini. Porém, se ele optar pelo governo gaúcho, eu terei redobrada alegria, pois com a sua candidatura chegaremos com folga ao Executivo', enfatizou. O ministro fez apelo à permanência do senador José Fogaça no PMDB, garantindo que não o traiu no episódio de eleição à presidência do Senado. Acusado de promover o enfraquecimento do grupo histórico gaúcho e de servir aos interesses do governo federal no Rio Grande do Sul, Padilha avisou que não se calará mais quando o criticarem e responderá imediatamente. 'Por muito tempo, em nome da unidade partidária, tive que tolerar calado críticas infundadas. A partir de agora, responderei a todas as acusações pessoais quando for provocado', advertiu. Quanto ao episódio da reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998, no qual o PMDB gaúcho apoiou o PSDB em vez de concordar com o lançamento do hoje governador de Minas Gerais, Itamar Franco, Padilha disse que foi responsável pela condução das negociações internas e até hoje os seus adversários utilizam o assunto para atacá-lo. 'Eu tive o papel de coordenador da reeleição do presidente. Se alguém insinuar que ocorreram coisas censuráveis sob qualquer aspecto, tomaremos as providências cabíveis. Poderemos trazer fatos que digam respeito a essas pessoas e não são de conhecimento da sociedade', avisou o ministro. O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, declarou ontem que irá, por educação política, avaliar a proposta de Padilha de aproximação. O líder trabalhista na Assembléia Legislativa, deputado Vieira da Cunha, foi mais incisivo. 'Com integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso, o PDT não tem diálogo', afirmou. Brizola convida Bogo a ingressar no partido O ex-governador e presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul, Vicente Bogo, recebeu convite ontem para trocar o PSDB, ao qual é filiado, pelo PDT. A proposta foi feita pelo presidente nacional do partido, Leonel Brizola, durante encontro que durou mais de duas horas num hotel no centro de Porto Alegre. Brizola alegou que se tratou apenas de reunião de caráter informal para analisar o quadro político nacional, mas Bogo admitiu que houve convite dos trabalhistas. O encontro teve a participação dos deputados estaduais Vieira da Cunha e Giovani Cherini, amigo pessoal de Bogo, do deputado federal e presidente estadual do partido, Airton Dipp, e do vice-presidente estadual, Pedro Ruas. Bogo conversou quinta-feira com o senador Pedro Simon, do PMDB, em Brasília, que também sinalizou com proposta de filiação. Ontem, ao final da conversa com o PDT, Bogo revelou que decidirá o seu destino político até terça-feira. Ele reiterou que não possui vontade de participar de eleição proporcional ou ao Senado, o que o coloca como pré-candidato a governador ou vice. 'Atualmente, o parlamento tem dinâmica pouco produtiva. Prefiro trabalhar no nível executivo, onde as coisas se resolvem mais rapidamente', afirmou o ex-governador. Bogo disse que não foi consultado à época das privatizações da CRT e da CEEE, mas que é contra a venda do Banrisul. Segundo ele, o ideal é a formação de uma coligação de centro-esquerda unindo PDT e PMDB no RS. Aécio espera concorrer em Minas O presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves, do PSDB, afirmou ontem que vai concorrer ao governo de Minas Gerais. A declaração foi feita durante encontro de prefeitos, organizado com o apoio do governo federal, em uma tentativa de ganhar espaço no estado, onde o governador Itamar Franco tenta concentrar a oposição ao Planalto. Animado com a pesquisa do Instituto Diretriz Perfil, encomendada pelo PTB, na qual lidera as intenções de votos, com 21%, Aécio disse que espera definir com o PSDB a sua indicação, pois considera fundamental trabalhar na campanha com antecedência. A declaração de Aécio pode criar impasse no partido. O ex-governador Eduardo Azeredo, derrotado por Itamar quando tentava a reeleição, vinha sendo o nome mais cogitado pelo PSDB a disputar o cargo. De acordo com a pesquisa, Azeredo ocupa o 2º lugar, com 18,97%. Em seguida vem o prefeito de Belo Horizonte, Célio de Castro, sem partido, com 15,52%. Patrus Ananias, do PT, obteve 13,32% e o vice-governador de Minas, Newton Cardoso, 7,99%. O ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, presente ao encontro, mostrou-se surpreso com o lançamento de Aécio. Sobre a eleição ao Palácio do Planalto, outro ministro, Roberto Brant, da Previdência, lembrou no encontro a parceria do PFL com o PSDB. Segundo Brant, o PFL tem condições de oferecer uma boa opção para compor a chapa presidencial. CAMELI O juiz Jair Facundes, da 2ª Vara Cível da Justiça Federal, condenou ontem o ex-governador do Acre Orleir Cameli, o seu irmão Eládio Cameli e o pai, Mamud Cameli, a devolverem R$ 2,4 milhões aos cofres da União. O motivo é o superfaturamento de 75% nas obras de asfaltamento de 20 quilômetros da rodovia BR 364, no trecho entre Tarauaca e o projeto de assentamento Santa Luzia, em Cruzeiro do Sul, a 700 quilômetros de Rio Branco. Começa discussão do orçamento A região Nordeste do Estado será a primeira a discutir a proposta orçamentária do governo do Estado para o próximo ano, cuja estimativa é de R$ 12 bilhões. As duas primeiras audiências do Fórum Democrático da Assembléia Legislativa ocorrerão em Vacaria e Bento Gonçalves na próxima quarta-feira, sob a coordenação da Comissão de Finanças e Planejamento. A presidente da comissão, deputada Cecilia Hypolito, explica que, durante os dez encontros regionais, a serem realizados até 16 de outubro, a sociedade poderá apresentar sugestões para que os deputados elaborem emendas. A deputada entende que as discussões com as comunidades locais serão avaliadas antes de qualquer alteração no projeto orçamentário e lembrou que as proposições não poderão descaracterizar o orçamento entregue pelo governo à Assembléia no dia 14. Segundo ela, o Executivo debateu o tema com a sociedade quando foram ouvidas 380 mil pessoas através do Orçamento Participativo (OP). Desses debates foram priorizadas as áreas de educação, saúde e agricultura. Cecilia disse que, na atuação do Fórum Democrático e da Comissão de Finanças, deve haver a preocupação em não retirar as propostas já contempladas pela comunidade no OP. As emendas deverão ser entregues até 17 de outubro, um dia após a última audiência pública, que ocorrerá em Porto Alegre, na Assembléia. O projeto será votado até 30 de novembro, quando retornará ao Executivo. Lula critica assessor por ter falado o que não devia O presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, disse ontem que o seu principal assessor econômico, Guido Mantega, falou o que não deveria. 'Toda a vez que um economista entra na política corre o risco de falar bobagem', justificou. Lula se referiu à declaração dada na quarta-feira por Mantega de que os radicais do PT 'não apitam nada em matéria econômica'. Novos filiados defendem Jader ao governo do Pará Cerca de 200 vereadores, prefeitos e líderes políticos de 11 cidades do Pará deixaram o PFL e assinaram ontem filiação ao PMDB. Com cartazes, eles lançaram o nome do senador Jader Barbalho ao governo daquele estado em 2002. O próprio Jader, recebido festivamente por 400 pessoas no aeroporto de Santarém, abonou as fichas dos correligionários. 'Ainda não decidi se irei para o Senado ou se voltarei ao governo pela terceira vez', disse. Roseana cotada entre os candidatos governistas O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen, disse ontem que o partido vai apresentar a pré-candidatura da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, se houver eleições primárias entre os partidos da base aliada para escolher o candidato da aliança à Presidência. Bornhausen voltará a falar sobre o tema com os presidentes dos partidos governistas após 5 de outubro, prazo final para filiação partidária. Senador deixa PMDB e alega desconsideração O senador e empresário José Alencar, do PMDB, anunciou ontem, em Belo Horizonte, o seu desligamento do partido, no qual ingressou em 1993. O parlamentar alegou que a desfiliação, comunicada ontem mesmo ao Tribunal Regional Eleitoral, foi motivada pela falta de consideração com que teria sido tratado por membros da executiva nacional do partido, a qual ajudou a eleger na convenção do dia 9 deste mês. 'Fiquei decepcionado', afirmou. Simon considera a aproximação viável O senador Pedro Simon afirmou ontem que, ao se considerar as origens trabalhistas do PMDB, acha viável uma união do partido com o PDT no Estado. Declarou que está disposto a se reunir com o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, a fim de superar divergências. Simon garantiu que a possibilidade de se aproximar com os trabalhistas não tem qualquer relação com a sua candidatura à Presidência da República. Lembrou que o presidente regional do PMDB, deputado federal Cezar Schirmer, procurou o presidente estadual do PDT, deputado federal Airton Dipp, para sugerir formas de entendimento antes mesmo da crise que culminou com as dissidências do PMDB. Tebet busca nome para relatar falta de decoro O presidente do Senado, Ramez Tebet, do PMDB, busca uma segunda opção para relator do pedido de abertura de processo por falta de decoro parlamentar contra o senador Jader Barbalho. A decisão, que será tomada no final de semana, depende do aval dos líderes partidários. Estão em vista os nomes do segundo vice-presidente do Senado, Antônio Carlos Valadares, do PSB, e do quarto secretário, Mozarildo Cavalcanti, do PFL, o mais provável. TUMA O Diário Oficial de São Paulo publicou ontem a aposentadoria do delegado Romeu Tuma, senador pelo PFL, depois de 50 anos de trabalho na polícia paulista. Tuma começou como investigador no Dops, foi diretor do departamento, superintendente da Polícia Federal em São Paulo e diretor-geral do Departamento de Polícia Federal. Seu posto de classe especial deverá ser ocupado pelo filho Romeu Tuma Júnior. Artigos BIG BROTHER Carlos Adílio Maia do Nascimento O futuro chegou? Uma das principais bandeiras dos Estados Unidos sempre foi ser um país no qual havia liberdade. Liberdade de expressão, liberdade para seus cidadãos se locomoverem, privacidade, garantia de um Judiciário imparcial e forte. Pois o que se delineia, para preocupação de todos, é o oposto de um país no qual as liberdades estão asseguradas. As notícias dão conta de que está sendo cogitada a fiscalização sobre as comunicações - telefones, e-mails no país e a aceitação de confissões obtidas sob tortura como evidência em julgamentos (mas que tribunal seria este a aceitar tal prova como fidedigna? Não nos lembra acaso os tribunais da Inquisição?). A neurose de uma guerra química abala uma instável normalidade. O cidadão americano passa a ser refém de seu governo, que, em nome de sua segurança, na realidade o policia. Os Estados Unidos estão se tornando reféns de suas armas. Mísseis Stinger estão sob controle dos talibãs. Algumas imagens acabam se impondo: a criatura que volta contra seu criador. Líderes políticos fazem declarações dividindo a humanidade em civilizações 'superiores e inferiores'. As crenças religiosas, a possibilidade de culturas diversas passam a ser estigmas que alimentam um novo surto de arianismo? Mas o que vemos no mundo? Uma regressão à barbárie, aos ódios tribais, a convicções de verdades unilaterais, ao extermínio do outro? O século XXl, ao seguir um século de progresso industrial e tecnológico, não teria capacidade para gestar uma sociedade mais sensata? Não, não tem. O de que a humanidade necessita não é progresso industrial ou tecnológico, se esses não vierem alicerçados sobre valores éticos que estejam a serviço do bem comum. Uma ética que se preocupe com justiça social, com distribuição de renda, com um desenvolvimento de fato sustentável. E que seja transparente. Vivemos na era da informação. Entretanto, quanto às decisões dos governos, há demasiados espaços para ilações sobre quais os reais motivos que as determinam. Não confiamos nas informações que são veiculadas oficialmente. No momento, ouvimos reiteradas vezes versões que afirmam ser o interesse da indústria bélica o motor que aciona tudo o estamos vivendo. Se todos nós adotássemos a ética do bem comum, não haveria terreno para germinar tão trágica suposição. Nem estaríamos sujeitos à perda de nossa escassa liberdade. Colunistas Panorama Político/A. Burd CAI ÚLTIMA BARREIRA 1) O deputado federal Alceu Collares tinha encontro marcado no gabinete do vereador José Fortunati, às 11h de ontem. Não foi preciso. Quinta-feira, do Aeroporto Salgado Filho, onde desembarcou vindo de Brasília, foi direto à sede do diretório regional do PDT, chegando a tempo de abraçar o vereador egresso do PT. Caiu a última barreira que Fortunati enfrentava. 2) A divulgação do resultado final da eleição à presidência nacional do PT, ontem, dando vitória a José Dirceu, com 55,5% dos votos, revelou mudança de ventos. O deputado paulista já não comandará o partido com tanta folga. Os gaúchos Raul Pont e Júlio Quadros fizeram 32,40%. Os dois vão resistir à política de alianças pró-Lula e concessões no programa de governo. QUASE Segunda-feira será o dia D para o senador José Fogaça. Até as 23h de ontem, quando já tinha ido a três reuniões, tendência era de acompanhar os deputados que deixaram o PMDB para entrar no PPS. NOS BASTIDORES Apesar das restrições de Leonel Brizola, o deputado Vieira da Cunha fala hoje com os novos deputados do PPS. Temporada é das cortinas de fumaça para encobrir maioria das tratativas entre partidos. AZEITAR Dois governadores do PT, Olívio Dutra e Zeca do PT, reuniram-se ontem em São Paulo com a direção nacional do partido. Hoje, une-se a eles Jorge Viana, do Acre. O tema é 'a governabilidade em ambiente hostil'. Buscam formas comuns de divulgar suas realizações. O presidente em exercício, deputado José Genoíno, garante que 'vamos azeitar a máquina com a responsabilidade de um partido que não pode mais errar'. SAIU O secretário-geral do diretório do PMDB de Porto Alegre, empresário Toni Proença, desfiliou-se ontem. Garante que não seguirá o caminho de seu irmão, deputado federal Nelson Proença, que entrou no PPS. ECUMENISMO O deputado estadual Cézar Busatto, agora no PPS, vai conviver com quem não o acompanhou na migração partidária. É o caso da chefe de seu gabinete na Assembléia, Mari Perusso, dirigente estadual do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (dia da morte de Che Guevara). Segue firme no PMDB. EMOÇÃO A vereadora Clênia Maranhão, ao se despedir do PMDB, na sessão da Câmara, chorou e fez muitos seus apoiadores, que lotaram as galerias, também chorarem. Desde a entrada no antigo MDB, foram 29 anos. MAIS UMA CPI Há assinaturas suficientes de vereadores para criação de nova CPI sobre o Montepio dos Funcionários Municipais na Câmara. A CPI que funcionou no ano passado teve conclusões encaminhadas ao Ministério Público. Até hoje, reina o silêncio. ESTRANHAM-SE Ao estender uma intervenção na Câmara Municipal, José Lutzenberger, secretário especial do Meio Ambiente do governo Collor, provocou forte bate-boca com o vereador Pedro Américo Leal. Por pouco, muito pouco, não foram à rua para medir no braço todas as diferenças. EM 1981 Há 20 anos, neste mesmo dia, o ex-presidente Jânio Quadros assinou ficha no PMDB de Santo Amaro, município da Grande São Paulo. Protestos incessantes fizeram o diretório nacional cancelar a filiação. APARTES Deputado Giovani Cherini foi à reunião de Vicente Bogo com Leonel Brizola com fichas do PDT em branco. Luiz Inácio Lula da Silva começa hoje roteiro de dez dias na Europa. Novos deputados do PPS vão abrir sigilos bancário e fiscal na 3ª-feira. Hugo Mardini, novo presidente do diretório do PPB de Porto Alegre, arregaça mangas e põe casa em dia. Em breve, Prefeitura de Porto Alegre destinará, aos domingos pela manhã, ruas do Centro para os camelôs. Corrente Ação Democrática apoiará David Stival, da Articulação de Esquerda, no 2O turno da eleição para o comando estadual do PT. Presidenciável Ciro Gomes visitará 2a-feira, às 17h, a nova vereadora do PPS em P. Alegre, Clênia Maranhão. Deu no jornal: 'Trabalhadores argentinos exigem saída do ministro Cavallo'. A galope, se possível. Frase mais repetida aos repórteres por quem está por trocar de partido e ainda vacila: 'Não é bem assim...'. Editorial REINADO DO TERROR Pois, como era de esperar, a implícita ameaça contida na advertência de Bush no discurso perante o Congresso ('quem não está conosco está com o terrorismo') está começando a render frutos. Pelo menos aqui no Brasil. É o que se depreende de alguns acontecimentos recentes, como o das suspeitas contra um prefeito aqui no Rio Grande do Sul, a agitação temerosa de brasileiros na fronteira do Paraguai e da Argentina com nosso país, essa história de um irmão de Bin Laden, casado com brasileira do Maranhão, ser há anos cônsul honorário do Brasil em Jeddah, onde reside, mas circunstância só agora revelada por óbvia razão, tudo isso nos relaciona diretamente com a infeliz frase do discurso de Bush. Aos fatos vem, agora, juntar-se outro de muito maior importância e significação: a determinação do Departamento de Aviação Civil aos aeroclubes brasileiros para que enviem a listagem de nomes de alunos de origem ou ascendência árabe. O Aeroclube de nosso Estado, situado em Belém Novo, listou dois nomes, um de um sírio e outro de um paquistanês, eis que a escola de preparação de pilotos tem recebido alunos de várias partes do mundo, importante centro de ensino que é. O sírio e o paquistanês, decerto, estarão livres de suspeita de participação terrorista no ataque às torres do World Trade Center, mas estamos diante de uma discriminação odiosa. A elaboração de listas de gente com nome árabe, que integrem qualquer tipo de comunidade, em qualquer país, é uma violência, além de um atentado à soberania das nações. A partir de tal procedimento, e não é nenhum absurdo a ilação, as próprias Forças Armadas - especialmente a Aeronáutica - poderão ser chamadas ao fornecimento das nominatas. Para que não fiquem expostas à sanha maniqueísta do 'conosco ou com o terror', abdicarão, cabeças baixas, ao estado soberano de direito da Nação? Só poderão inspirar repulsa os excessos que o belicismo está deflagrando pelo mundo ocidental. Suspeitos são presos na Espanha, na França e na Grã-Bretanha, e aqui no Brasil, a pedido dos EUA, procuram-se cem. Topo da página

09/29/2001


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