Paim comenta estudo sobre discriminação sócio-econômica a mulheres negras



Ao comentar dados do Atlas Racial Brasileiro, publicação divulgada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou que o estudo leve à constatação do grande distanciamento ainda existente entre as mulheres negras e as de outras raças, no Brasil, em termos de conquistas sócio-econômicas.

Após registrar sua participação no "Fórum Mulheres Brasil-África e seus Desafios neste Milênio", Paim apontou esse resquício de discriminação racial no país como um dos temas marcantes desse debate.

- A pesquisa do PNUD mostra que, apesar de uma queda nos números da mortalidade infantil, essas taxas entre filhos de mulheres negras é 66% acima das registradas entre as brancas - revelou, acrescentando que, em termos de emprego, os índices mostram que a taxa de desemprego para as mulheres negras passou de 10%, em 1992, para 15,8% em 2005, crescimento de 58%.

Apesar dos dados positivos relativos ao aumento, entre 2000 e 2005, do número de mulheres negras economicamente ativas, o parlamentar lamentou a reduzida proporção dessa parcela da população com nível superior.

- Em 2000, essa proporção era de 3,06%, enquanto para as mulheres brancas situava-se em 11,42% - informou.

Judiciário

Na ocasião, Paulo Paim também fez referência à sessão solene do Senado que homenageou, nesta terça-feira (15), os 200 anos do Poder Judiciário independente no Brasil.

O parlamentar destacou a presença no evento da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, exaltando o fato de a representante de uma minoria dirigir aquela Corte. Desejou ainda sucesso à ministra na sua pretensão de integrar a Corte Internacional de Haia, na Holanda.

15/04/2008

Agência Senado


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