Paim defende política mais incisiva para prevenir acidentes de trabalho



O senador Paulo Paim (PT-RS) disse, nesta sexta-feira (18), em discurso no Plenário, que cerca de cinco mil trabalhadores morrem por dia em todo o mundo devido a acidentes de trabalho. Esse número representa o dobro das mortes que ocorrem por guerras ou enfermidades como a Aids. O Brasil, informou, ocupa o quarto lugar no ranking mundial dos países com maior número de acidentes de trabalho.

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O parlamentar destacou o importante papel desenvolvido pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego, e disse que é necessário haver uma política mais incisiva para a prevenção de acidentes e doenças provocados pelo trabalho.

Os dados foram coletados de estudos nacionais e internacionais, entre os quais documentos feitos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo Paim, ocorrem 270 milhões de acidentes de trabalho e 160 milhões de doenças profissionais por ano em todo o mundo.

- Estudos nacionais e internacionais informam que os acidentes e doenças decorrentes do trabalho acontecem, principalmente, por falta de planejamento e compromisso com a questão. A medida essencial para combatermos esses dados alarmantes é a prevenção - disse o senador.

De acordo com o documento da OIT, morreram, no Brasil, em 2005, no meio urbano, 2.708 pessoas vítimas de acidentes de trabalho - uma redução de 4,6% em relação ao ano anterior. Embora o número de mortes por acidentes de trabalho no Brasil venha caindo ao longo das décadas, Paim diz que ainda é alarmante, pois o país ocupa o quarto lugar no ranking mundial, atrás da China, dos Estados Unidos e da Rússia. Entre os ramos mais afetados por acidentes está o da construção civil.

Fundacentro

Paim destacou o importante papel da Fundacentro, criada em 1966, sob orientação da OIT, e que promove, com entidades públicas e privadas, ações de pesquisa, informações e conhecimentos voltados para a prevenção e redução do número de mortes, acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

Atualmente, conforme o senador, a Fundacentro passa por dificuldades e desafios, entre os quais a falta de servidores para atender adequadamente a demanda, a reposição de técnicos, limitações tecnológicas e até mesmo dificuldades para divulgar seus cursos e eventos.

Paim disse que é necessário aportar mais recursos para a Fundacentro e um plano de carreira para seus servidores. Caso contrário, a instituição estará fadada à extinção, declarou.



18/05/2007

Agência Senado


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